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BCP já concedeu 80 mil moratórias num montante de 4,5 mil milhões de euros

O presidente do BCP, Miguel Maya, garante que as moratórias no crédito são "simples de aprovar". O que "não é simples é processar todos os pedidos". Até agora, totalizam 80 mil moratórias.

Lusa
21 de Abril de 2020 às 16:40
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O BCP já concedeu perto de 80 mil moratórias, num montante total de 4,5 mil milhões de euros. Os números foram revelados esta terça-feira por Miguel Maya, CEO do banco, na comissão de Orçamento e Finanças. 

As moratórias são "simples de aprovar". O que "não é simples é processar todos os pedidos", começou por dizer Miguel Maya aos deputados, na Assembleia da República. E são dezenas de milhares. 

De acordo com o gestor, "o BCP tem, neste momento, 25 mil moratórias, num montante de 2,2 mil milhões". Aos particulares, entre a moratória disponibilizada pelo Estado e a iniciativa privada da Associação Portuguesa de Bancos (APB), são 55 mil moratórias, num total de 2,3 mil milhões. 

Ou seja, "o BCP tem um total de 80 mil moratórias - estão a ver a carga operacional - no valor de 4,5 mil milhões de euros", afirmou o presidente do banco.

Mais de 16 operações nas linhas de crédito

Quanto às linhas de crédito covid-19, o BCP tem mais de 16 mil operações num total de 4,3 mil milhões de euros, sendo que as microempresas representam 54% em número de operações e 9% em montante, revelou Miguel Maya.

 

Já as médias empresas representam, nestas linhas, 44% em número de operações e 78% em montante. Quanto às grandes empresas, estas representam apenas 2% e 3%, respetivamente, disse ainda o gestor.


Os responsáveis dos maiores bancos nacionais foram chamados ao Parlamento, no âmbito de um requerimento do CDS para perceber a atuação do setor na pandemia. Em causa estão as linhas de crédito que foram criadas pelo Governo para ajudar as empresas mais penalizadas pela pandemia de covid-19, assim como as moratórias no crédito. 

 

O ministro da Economia afirmou, numa entrevista à RTP3, na semana passada, que os bancos estão a aprovar os financiamentos rapidamente. O problema, disse Pedro Siza Vieira, é "a papelada" para a formalização do crédito. Ou seja, a burocracia em torno deste processo.


Esta terça-feira, o ministro revelou, numa audição na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, que já foram apresentados pedidos de financiamento no valor total de 4,8 mil milhões de euros, no âmbito das linhas de crédito criadas pelo Governo para apoiar as empresas afetadas pela pandemia. Estas linhas têm uma dotação global de 6,2 mil milhões.

(Notícia atualizada.)

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