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BCE quer fusões e aquisições na banca europeia

O BCE quer que haja menos bancos na Europa para que o sector seja mais eficiente. A limpeza pode acontecer através da resolução de instituições financeiras, mas também através de fusões e aquisições, defendeu Danièle Nouy, líder da supervisão europeia.

Bruno Simão/Negócios
27 de Setembro de 2017 às 13:11
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"Há demasiados bancos a competir por clientes". O diagnóstico foi feito por Danièle Nouy, presidente do Mecanismo Único de Supervisão (SSM, na sigla inglesa), esta quarta-feira, em Madrid. A líder do organismo de supervisão do Banco Central Europeu defende, por isso, que é necessário que o "sector bancário encolha", seja através da resolução de instituições financeiras ou de operações de fusão e aquisição. "Há duas formas de os bancos saírem do mercado. Ou fracassam e deixam de existir ou fundem-se com outros bancos", sublinhou.

 

"Há uma grande probabilidade de o sector bancário vir a encolher. Todos os bancos precisam de rever os seus modelos de negócio. Alguns ficarão mais pequenos, outros podem fundir-se e outros poderão falhar. O resultado será um sector bancário com a dimensão certa que possa servir a economia", afirmou Nouy.

 

Para a líder do SSM, "cabe ao mercado fazer a consolidação necessária". Já o "papel dos reguladores e supervisores é limitado", já que lhes compete assegurar o "funcionamento adequado do mercado" e um "mercado que funcione de forma adequada encontrará automaticamente o nível de consolidação adequado".

 

Nouy defende que as fusões bancárias trarão mais benefícios para o sector do que a oportunidade de reduzir a sua dimensão. Estas operações "oferecem grandes vantagens para os próprios bancos". "A união bancária abriu o caminho para fusões transfronteiriças. Só falta que haja bancos corajosos que se predisponham a explorar e conquistar este território", sublinhou.

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