Notícia
BBVA terá ignorado aviso prévio do Governo espanhol sobre rejeição da OPA
O CEO do banco que lançou a primeira OPA hostil no setor bancário espanhol desde os anos 80 do século passado terá decidido descartar o aviso que o ministro da Economia lhe transmitiu antes do anúncio da operação.
O presidente do BBVA ignorou um aviso que o ministro da Economia lhe transmitiu sobre a rejeição do Governo à Oferta Pública de Aquisição (OPA) hostil sobre o Sabadell, na véspera da operação ser anunciada, escreve o "El Economista".
Segundo o jornal eletrónico, na noite de quarta-feira (poucas horas antes do anúncio que seria feito na manhã de quinta-feira) Carlos Cuerpo avisou Carlos Torres que não via com bons olhos tal intenção, avança o órgão de comunicação social. Citando fontes não identificadas, o El Economista acrescenta que o contacto entre o governante e o presidente da instituição basca foi constante desde a primeira tentativa amigável de aquisição no final de abril, e que se transformaria na operação hostil nesta semana.
Depois da OPA ser anunciada, o ministro da Economia disse de viva voz que rejeitava a operação, garantindo que o Governo terá a "última palavra" sobre a oferta, que poderia trazer instabilidade e volatilidade ao sistema financeiro espanhol.
Horas depois, foi a vez da ministra do Trabalho reforçar a mensagem, dizendo que o Executivo tem um mecanismo legal para travar a OPA e garantindo que iria aplicar esse instrumento.
A tensão gerada no país vizinho pela intenção do BBVA está a crescer, não apenas com a rejeição do Governo mas também com a reação do próprio Sabadell, que nesta sexta-feira, em carta enviada à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV, equivalente à portuguesa CMVM) acusou o oferente de violar a lei das aquisições por ter dito publicamente que falou com acionistas da instituição catalã que terão manifestado apoio à operação.
O Sabadell pede ainda que a entidade liderada por Carlos Torres revele quem são os acionistas em causa. A instituição afirma na missiva que sendo habitual que um oferente faça contactos no sentido de aferir a recetividade dos acionistas da empresa alvo da operação. Coisa diferente é revelar publicamente que estão dispostos a participar, o que, na ótica do Sabadell, se trata de informação relevante que devia constar no comunicado oficial sobre a operação e pode influenciar o mercado.
A CNMV já estará a analisar a queixa.
Segundo o jornal eletrónico, na noite de quarta-feira (poucas horas antes do anúncio que seria feito na manhã de quinta-feira) Carlos Cuerpo avisou Carlos Torres que não via com bons olhos tal intenção, avança o órgão de comunicação social. Citando fontes não identificadas, o El Economista acrescenta que o contacto entre o governante e o presidente da instituição basca foi constante desde a primeira tentativa amigável de aquisição no final de abril, e que se transformaria na operação hostil nesta semana.
Horas depois, foi a vez da ministra do Trabalho reforçar a mensagem, dizendo que o Executivo tem um mecanismo legal para travar a OPA e garantindo que iria aplicar esse instrumento.
A tensão gerada no país vizinho pela intenção do BBVA está a crescer, não apenas com a rejeição do Governo mas também com a reação do próprio Sabadell, que nesta sexta-feira, em carta enviada à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV, equivalente à portuguesa CMVM) acusou o oferente de violar a lei das aquisições por ter dito publicamente que falou com acionistas da instituição catalã que terão manifestado apoio à operação.
O Sabadell pede ainda que a entidade liderada por Carlos Torres revele quem são os acionistas em causa. A instituição afirma na missiva que sendo habitual que um oferente faça contactos no sentido de aferir a recetividade dos acionistas da empresa alvo da operação. Coisa diferente é revelar publicamente que estão dispostos a participar, o que, na ótica do Sabadell, se trata de informação relevante que devia constar no comunicado oficial sobre a operação e pode influenciar o mercado.
A CNMV já estará a analisar a queixa.