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Barclays coloca BCP entre os bancos em risco de não passar nos testes de stress do BCE

Além do BCP existem mais sete bancos europeus em risco: o austríaco RBI; os alemães NordLB e HSH Nordbank; os gregos Piraeus Bank e Euro Bank; o italiano Banco Popolare e o espanhol Banco Popular.

17 de Outubro de 2014 às 15:15
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O BCP encontra-se entre os oito bancos europeus em maior risco de chumbar nos testes de stress do Banco Central Europeu (BCE). Esta é a opinião do Barclays, que aponta as "modestas almofadas financeiras" do banco como uma possível causa para uma reprovação.

 

"Acreditamos que as modestas almofadas financeiras em relação aos rácios de capital podem fazer com que os testes de stress sejam desafiantes para o BCP", escrevem os analistas do Barclays numa análise com a data de 16 de Outubro e que o Negócios teve acesso.

 

O maior risco para isto acontecer é se o BCE não levar em conta a conversão de impostos diferidos em créditos fiscais, que foi aprovada pelos accionistas do banco a 15 de Outubro, visto o exame ter como referência o balanço dos bancos no final do ano passado. Se uma eventual reprovação vier a ter lugar, o Barclays acredita que o aumento de capital obtido com a adesão a este regime será tido em conta pelas autoridades para os planos de capital que terão de ser submetidos duas semanas após a divulgação dos resultados.

 

Os accionistas do banco aprovaram recentemente o  regime que permite o reforço dos seus fundos próprios e solidez financeira. Isto poderá vir a ter um impacto positivo de 286 pontos base no rácio de capital da instituição, no total de 1334 milhões de euros, segundo a proposta apresentada pelo BCP aos accionistas.

 

Mas além do BCP, existem mais sete bancos europeus em risco: o austriaco RBI; os alemães NordLB e HSH Nordbank; os gregos Piraeus Bank e Euro Bank; o italiano Banco Popolare; o espanhol Banco Popular.

 

"Identificámos um número de bancos nestes países que acreditamos que sejam menos capazes de passar a avaliação e precisem de angariar mais capital", analisa o Barclays na sua nota.

 

Após meses de avaliação, o BCE vai divulgar os resultados finais no próximo dia 26 de Outubro. Existem mais dois bancos nacionais a serem examinados, a par do BCP: BPI e Caixa Geral de Depósitos.

 

O banco concluiu recentemente o reembolso ao Estado dos seis mil milhões de euros em obrigações garantidas. No início de Outubro, recomprou as duas emissões que ainda estavam activas no valor de 2.250 milhões de euros.

 

O banco liderado por Nuno Amado efectuou em Julho um aumento de capital no valor de 2.250 milhões de euros. Este foi o maior aumento de capital efectuado por um banco em Portugal.

 

Em Setembro, o banco contava com um rácio de capital de 12,5%, mais de cinco pontos percentuais acima do mínimo exigido (7%), pelo Banco de Portugal. O BCE exige um rácio Common equity tier I mínimo de 8%.

 

O BCP segue a ganhar 4,39% para os 8,1 cêntimos na bolsa de Lisboa esta sexta-feira, 17 de Outubro.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

 

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