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Barclays aumenta lucros em 22% no primeiro semestre
O banco aumentou os lucros no primeiro semestre de 2015 em 22%, um avanço alavancado pelos esforços de reestruturação do grupo. John McFarlane, chairman executivo, acredita que há ainda caminho a percorrer no sentido de “conseguir melhores retornos para os accionistas”.
O Barclays registou nos primeiros seis meses de 2015 lucros ajustados de 2.155 milhões de libras (cerca de 3.034 milhões de euros), o que representa um aumento de 22% face aos números registados no primeiro semestre do ano passado, revelam os resultados divulgados pelo banco esta quarta-feira 29 de Julho. Segundo o comunicado da empresa, este aumento "reflecte melhorias em todos os negócios essenciais" do grupo.
O lucro antes de impostos aumentou 11% no primeiro semestre de 2015, para 3.729 milhões de libras (cerca de 5.251 milhões de euros). Neste campo, os resultados do banco estão em linha com as expectativas dos analistas da Bloomberg. Escreve a agência de notícias que o Barclays registou 1.85 mil milhões de libras (cerca de 2,6 mil milhões de euros) de lucros antes de impostos no segundo trimestre deste ano, em linha com os 1,8 mil milhões de libras (cerca de 2,5 mil milhões de euros) perspectivados pelos agentes consultados pela Bloomberg.
Além do aumento dos lucros, é de registar a redução das despesas relacionadas com a operação do banco, menos 7% do que no primeiro semestre de 2014, totalizando 8.262 milhões de libras (cerca de 11.634 milhões de euros) nos primeiros seis meses deste ano. Escreve a empresa que este recuo foi conseguido através de "programas estratégicos de custos". De registar neste campo também a redução significativa dos custos de litigação, 134 milhões de libras entre Janeiro e Junho de 2015, menos 36% face ao período homólogo.
Apesar de assumir que os resultados operacionais são "satisfatórios", John McFarlane, chairman executivo do banco defende que é necessário "acelerar a execução da estratégia" do Barclays, uma vez que "pode ser feito mais para conseguir melhores retornos para os accionistas".
O Barclays está a atravessar um processo de reestruturação, que passou pela redução de postos de trabalho e por centrar o foco nos negócios essenciais – core - do banco. John McFarlane afastou o CEO Antony Jenkins no início do mês de Julho e assumiu o cargo de chairman executivo, "frustrado com o ritmo lento da reestruturação", escreve a Bloomberg.
A 20 de Julho, o The Times escrevia que o Barclays planeava cortar mais de 30 mil postos de trabalho em dois anos, deixando a empresa com menos de 100 mil funcionários até ao fim de 2017. No entanto, no mesmo dia, fontes próximas do processo citadas pela Reuters garantiam que o banco não pretendia mais cortes além dos 19 mil anunciados em Maio de 2014.
No que diz respeito à presença do banco em Portugal, a 24 de Julho o Negócios dava conta de negociações avançadas para a alienação da unidade de retalho do Barclays em Portugal, que no último ano rescindiu com 29% do quadro e cortou 40% dos balcões, centrando-se somente nos clientes abastados.