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Barclays desconhece possível impacto de investigação da Concorrência em Portugal

Mais de dois anos depois do arranque da investigação da Autoridade da Concorrência, o Barclays não tem noção de qual poderá ser o impacto material a sofrer. A exposição a Portugal diminuiu no primeiro semestre.

Chris Ratcliffe/Bloomberg
29 de Julho de 2015 às 12:51
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O Barclays desconhece o eventual impacto que a investigação da Autoridade da Concorrência por práticas concentradas entre 15 bancos nacionais, incluindo a unidade nacional do grupo britânico.

 

"Actualmente, não é possível fornecer uma estimativa do impacto financeiro destas matérias ou que efeitos é que podem ter nos resultados operacionais, geração de caixa ou posição financeira do grupo em qualquer período específico", indicam o comunicado de resultados semestrais da instituição britânica. O Barclays registou um crescimento de 22% dos lucros no primeiro semestre de 2015.

 

Esta é a resposta que o Barclays tem para algumas das investigações de que está a ser alvo. Em relação ao tema da Autoridade da Concorrência, o banco apenas descreve que o tema da averiguação – troca de informação sobre produtos a retalho como crédito à habitação entre 15 bancos ao longo de 11 anos – e adianta que o "grupo está a cooperar com a investigação". Em 2013, foi o Barclays que, ao abrigo do programa de clemência, denunciou as práticas irregulares de concorrência que conduziram à investigação.

 

O grupo apresentou as contas relativas aos primeiros seis meses do ano, registando um avanço de 22% para 2.155 milhões de libras (cerca de 3.034 milhões de euros). Não há números relativos aos negócios nos vários países. Em Portugal, o grupo está presente na banca de retalho, que se encontra em processo de alienação avançada, segundo adiantou a Bloomberg, mas também na área da banca de investimento e do crédito (BarclayCard). 

 

Ainda assim, no documento de divulgação de contas, é possível verificar que o banco acompanha o risco de crédito e de mercado advindos da "volatilidade na Zona Euro". Portugal é o terceiro dos periféricos a que o balanço do banco está mais exposto, após Espanha e Itália, ainda que tenha havido uma redução de 14% nos primeiros seis meses do ano para 4,16 mil milhões de libras (5,9 mil milhões de euros). Para essa evolução, contribuiu, por exemplo, a queda de quase três vezes da exposição a dívida soberana portuguesa. 

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