Notícia
Bankinter Portugal lucra 50 milhões e "não é uma operação para vender"
O banco espanhol Bankinter alcançou um resultado positivo de 1,3 mil milhões de euros, incluindo 50 milhões de euros em Portugal, onde tem uma "história de sucesso que não é para vender", diz a CEO da instituição.
O Bankinter teve um resultado positivo de 50 milhões de euros em Portugal em 2021, contribuindo para o resultado do grupo de 1,3 mil milhões de euros.
Em conferência de imprensa de apresentação dos resultados, a CEO Maria Dolores Dancausa afirmou que a operação do banco em território português é uma "história de sucesso". A presidente executiva entende que "seis anos depois do início, o banco ganhou nome e reputação no país".
E o Bankinter Portugal, garantiu, não é para vender: "comprámos com vocação de permanência, e não para vender, que é a moda. Queremos uma integração plena na gestão do grupo", garantiu.
O objetivo é continuar a crescer, mas a CEO assegura que isso será feito de forma orgânica: "não tempos intenção de adquirir nenhuma entidade em Portugal", assegurou.
O banco registou um crescimento em todos os indicadores de negócio e rubricas na operação portuguesa. A carteira de crédito cresceu 6% para 6,9 mil milhões de euros e os recursos de clientes cresceram 23%, para 5,9 mil milhões de euros.
O crédito malparado da operação em Portugal é de cerca de 1,8%, abaixo da média do sistema financeiro nacional, que os últimos dados do Banco de Portugal apontam para 4%. As moratórias tiveram "um impacto muito baixo face ao que se poderia esperar", afirmou o diretor financeiro Jacobo Diaz.
O responsável garantiu também que o Bankinter Portugal não vai aumentar comissões: "não fazemos aumentos indiscriminados, e só cobramos por serviços que acrescentam valor aos clientes", afirmou.
O negócio do banco espanhol em Portugal alcançou 99 milhões de euros de margem de juros, num crescimento de 10% face a 2020. As comissões somaram 61 milhões de euros.
O grupo explica em comunicado publicado na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola, que, excluindo a mais-valia da transação feita com a venda da ‘Línea Directa’ (filial de seguros), o banco obteve um benefício líquido 437,4 milhões de euros, 37,9% superior ao resultado de 2020.
O desfecho foi também influenciado pelas dotações menores que foram feitas em 2021 para enfrentar o impacto da pandemia.
Depois de 2020 ter sido dominado pela pandemia de covid-19, o Bankinter teve em 2021 um "ano de crescimento recorde na atividade comercial" com a produção hipotecária a crescer 58%, os recursos dos clientes 11,5% e os fundos de investimentos 30%.
A rendibilidade do capital próprio, excluindo a mais-valia da Línea Directa, foi de 9,6%.
O rácio de crédito malparado foi de 2,25%, 13 pontos base melhor do que um ano antes, sem que tenha havido impacto do fim das moratórias hipotecárias.
A cobertura do crédito malparado foi de 63,56%, 302 pontos de base mais elevada do que no final de 2020.
O Bankinter considera que a "solidez" dos resultados apresentados permitiram retomar o pagamento de dividendos que será feito em duas fases: em outubro, num montante total de 119,78 milhões de euros, e em dezembro com um novo pagamento de 46,26 milhões de euros.
Notícia atualizada às 11h30 com informação adicional
Em conferência de imprensa de apresentação dos resultados, a CEO Maria Dolores Dancausa afirmou que a operação do banco em território português é uma "história de sucesso". A presidente executiva entende que "seis anos depois do início, o banco ganhou nome e reputação no país".
O objetivo é continuar a crescer, mas a CEO assegura que isso será feito de forma orgânica: "não tempos intenção de adquirir nenhuma entidade em Portugal", assegurou.
O banco registou um crescimento em todos os indicadores de negócio e rubricas na operação portuguesa. A carteira de crédito cresceu 6% para 6,9 mil milhões de euros e os recursos de clientes cresceram 23%, para 5,9 mil milhões de euros.
O crédito malparado da operação em Portugal é de cerca de 1,8%, abaixo da média do sistema financeiro nacional, que os últimos dados do Banco de Portugal apontam para 4%. As moratórias tiveram "um impacto muito baixo face ao que se poderia esperar", afirmou o diretor financeiro Jacobo Diaz.
O responsável garantiu também que o Bankinter Portugal não vai aumentar comissões: "não fazemos aumentos indiscriminados, e só cobramos por serviços que acrescentam valor aos clientes", afirmou.
O negócio do banco espanhol em Portugal alcançou 99 milhões de euros de margem de juros, num crescimento de 10% face a 2020. As comissões somaram 61 milhões de euros.
O grupo explica em comunicado publicado na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola, que, excluindo a mais-valia da transação feita com a venda da ‘Línea Directa’ (filial de seguros), o banco obteve um benefício líquido 437,4 milhões de euros, 37,9% superior ao resultado de 2020.
O desfecho foi também influenciado pelas dotações menores que foram feitas em 2021 para enfrentar o impacto da pandemia.
Depois de 2020 ter sido dominado pela pandemia de covid-19, o Bankinter teve em 2021 um "ano de crescimento recorde na atividade comercial" com a produção hipotecária a crescer 58%, os recursos dos clientes 11,5% e os fundos de investimentos 30%.
A rendibilidade do capital próprio, excluindo a mais-valia da Línea Directa, foi de 9,6%.
O rácio de crédito malparado foi de 2,25%, 13 pontos base melhor do que um ano antes, sem que tenha havido impacto do fim das moratórias hipotecárias.
A cobertura do crédito malparado foi de 63,56%, 302 pontos de base mais elevada do que no final de 2020.
O Bankinter considera que a "solidez" dos resultados apresentados permitiram retomar o pagamento de dividendos que será feito em duas fases: em outubro, num montante total de 119,78 milhões de euros, e em dezembro com um novo pagamento de 46,26 milhões de euros.
Notícia atualizada às 11h30 com informação adicional