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Bankinter fecha semestre com lucro de 1.140 milhões. Portugal contribui com 26 milhões

A atividade em Portugal registou um crescimento de 50% no primeiro semestre do ano.

O Bankinter tornou-se, em setembro, o primeiro banco a regressar aos “spreads” abaixo de 1%, com uma margem       de lucro mínima de 0,95%.
Susana Vera/Reuters
22 de Julho de 2021 às 09:31
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O Bankinter registou um resultado líquido de 1.140 milhões de euros no primeiro semestre de 2021. O resultado inclui uma mais-valia realizada com a operação da Linea Direta, sem a qual os lucros se teriam situado em 244,5 milhões de euros, mais do dobro do valor registado em igual período do ano passado. A atividade em Portugal gerou 26 milhões de euros, o que implica um crescimento anual de 50%.

 

De acordo com a informação divulgada pelo banco, o resultado do semestre "inclui uma mais-valia depois de impostos de 895,7 milhões de euros resultante da diferença entre o valor contabilístico da Línea Directa e o valor de mercado a que esta companhia foi colocada em Bolsa, no passado dia 29 de abril".

 

Já o resultado antes de impostos atingiu 287,6 milhões de euros, um número que compara com os 61,8 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2020 e 344,8 milhões de euros alcançados no mesmo período de 2019, "embora neste caso tenha sido incluída uma receita extraordinária de 57 milhões de euros proveniente da aquisição do EVO Banco".

 

A margem bruta ascendeu a 914,7 milhões de euros no mesmo período, mais 6% do que a 30 de junho de 2020. De acordo com o comunicado emitido pelo banco, "uma parte importante deste valor, quase 70%, provém da margem de juros, enquanto as comissões representam 29% do total desta margem, provenientes sobretudo de negócios com valor acrescentado como é o caso da gestão de ativos (92 milhões de euros em comissões, mais 23%) ou intermediação (59 milhões, +19%)".

 

As receitas provenientes de comissões líquidas ascendem a 265 milhões de euros, um crescimento de 9% face ao período homólogo de 2020.

 

Hipotecas disparam no semestre

 

O banco registou ainda um número recorde de hipotecas concedidas nos primeiros seis meses do ano, com 3.000 milhões de euros, o dobro do alcançado no primeiro semestre de 2020.

 

A carteira de crédito hipotecário ultrapassou, assim, pela primeira vez os 30.000 milhões de euros. 72% das novas hipotecas do Grupo são já concedidas na modalidade Taxa Fixa.

 

O crédito concedido a clientes ascendeu a 66.896,1 milhões de euros, mais 5,2%. O crescimento do crédito em Espanha foi de 4%, o que compara com uma redução média verificada no sector de -1%, de acordo com dados de maio do Banco de Espanha (BdE).

 

Os recursos dos clientes do retalho encerram o primeiro semestre nos 68.596,2 milhões de euros, mais 11,5%. O crescimento em Espanha destes recursos foi de 11%, face a um crescimento sectorial médio de 4,9%, de acordo com dados de maio do BdE.

 

Portugal com evolução positiva

 

Quanto à atividade em Portugal, a entidade indica que "o Bankinter Portugal registou uma dinâmica muito positiva durante este semestre, o que levou ao crescimento de todas as rubricas da conta de resultados: a margem de juros aumentou 7%; a margem bruta cresceu 15% impulsionada pelas comissões líquidas que tiveram um desempenho extraordinário e a margem antes de provisões cresceu 33%".

 

Uma evolução que determinou o crescimento de 50% dos resultados.

 

No que se refere a indicadores de negócio, a carteira de crédito do Bankinter Portugal atingiu 6.800 milhões de euros, mais 6%. Já os recursos de clientes apresentam um crescimento muito superior, 19% no ano, alcançando 5.500 milhões de euros. Os recursos geridos fora de balanço crescem 14%, atingindo os 3.900 milhões de euros.

 

Em termos de solvência, o Bankinter fechou o semestre com um rácio de capital CET1 fully loaded de 12,2%, muito superior ao exigido pelo BCE, que é de 7,68%.

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