A ampliação de capital de 10.700 milhões de euros, aberta a pequenos investidores mas que será subscrita na prática pela matriz do banco, o Banco Financiero y de Ahorros (BFA), propriedade a 100% do fundo de reestruturação ordenada da banca (FROB), arranca amanhã. Com a ampliação de capital as acções irão desdobrar-se em duas partes: as acções propriamente ditas e os direitos de subscricção, segundo noticia o “Cinco Días”.

Cada direito de subscricção permitirá comprar 397 acções do Bankia, pagando por cada uma delas 1,35 euros. Isto significa que os pequenos investidores teriam de desembolsar 557 euros para manter o peso no capital da entidade.

De acordo com o valor actual em bolsa do Bankia (11,4 euros por acção), o preço teórico do direito será de 10 euros, o que leva a que os títulos comecem amanhã a 1,4 euros. O próprio Bankia admite no folheto de oferta pública de subscricção que “o valor teórico do direito será anormalmente alto.” Isto confirma que o valor terá de cair, segundo o jornal espanhol.

Este folheto adverte explicitamente que “não se pode assegurar que durante o período de subscrição preferencial (até 14 de Maio) as acções se mantenham próximas do seu valor teórico, nem que vá existir uma negociação ordenada e suficientemente líquida para os ditos valores.”

Além disso, o regulador de mercado espanhol (CNMV) alerta que “as acções do Bankia, depois de uma ampliação de capital, podem sofrer uma considerável perda, com consequência do seu elevado número e do jogo da oferta e da procura.”