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Bancos podem começar a abandonar o Reino Unido ainda este ano

As previsões apontam para um deslocamento das instituições bancárias para fora do país até ao final do ano ou assim que o Executivo de Theresa May antecipar um "hard Brexit".

Phil Noble/Reuters
Negócios 24 de Outubro de 2016 às 13:08
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Anthony Browne, presidente executivo do grupo de lobby bancário BBA, afirmou no Oberver no passado domingo, 23 de Outubro, que os bancos internacionais poderão vir a deslocar as suas actividades para fora do Reino Unido. "Vários bancos mais pequenos pretendem começar as deslocações antes do Natal", afirma citado pela Bloomberg. Browne acrescenta ainda que os bancos maiores poderão começar a fazê-lo no primeiro trimestre do próximo ano.

 

O mercado imobiliário encontra neste cenário uma nova oportunidade. A Schroders Plc encontra-se neste momento a licitar um edifício de escritórios em Frankfurt, e a CBRE Global Investers LLC e a Standard Life Plc terão já em carteira escritórios em várias cidades, desde Dublin a Amesterdão, disponíveis para vender.

 

Vários investidores imobiliários procuram oportunidades de negócio em cidades como Paris, Frankfurt e Amesterdão. De acordo com a Savills Plc., as zonas empresariais destas cidades têm vindo a registar um aumento da taxa de desocupação, alcançando os valores mais baixos em quase uma década.

 

A saída dos bancos internacionais do Reino Unido trará uma série de desafios ao chanceler do Tesouro, Philip Hammond, nomeadamente com a perda de receitas fiscais. Em 2014-2015, o Estado recebeu 66 mil milhões de libras (74 mil milhões de euros) em impostos do sector financeiro. O Open Europe, um grupo de investigação, sugere que Hammond reconsidere o imposto bancário e as sobretaxas de impostos corporativos, de modo a tornar a capital mais apelativa ao sector financeiro.

 

Neste sentido, afirma o The Sunday Times, Theresa May desenvolveu um plano para cortar a taxa de imposto de 20% para 10%.

 

A Bloomberg destaca alguns dos desafios trazidos pelo Brexit para além da saída das instituições bancárias do Reino Unido. Com esta separação, a Nissan pondera deixar de produzir o seu modelo Qashqai na fábrica instalada no país em Novembro, o Partido Independentista disputa por uma nova liderança, e a Euronext afirma que Londres não pode ser o centro financeiro da Europa.

 

 

No passado dia 14 de Outubro, Michel Sapin, ministro das Finanças francês, afirmou que os bancos norte-americanos podiam vir a encerrar a sua actividade no Reino Unido. Paris, a par com outras cidades, encontram-se actualmente a promover-se enquanto novas capitais financeiras da União Europeia.

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