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Bancos europeus reduziram 80 mil postos de trabalho em 2013
Apesar dos primeiros sinais de recuperação económica terem surgido no final do ano passado, 2013 foi um ano de grandes cortes de postos de trabalho no sector bancário na Europa.
Os maiores bancos europeus reduziram em cerca de 3,5% os postos de trabalho em 2013 e não há perspectivas de recuperar o número de empregos após o fim da crise, apesar da Europa começar a dar os primeiros passos em direcção à recuperação económica, avança a Reuters.
Apesar da recuperação de algumas economias europeias e da diminuição dos receios em torno do crescimento económico na Zona Euro, em 2013 os 30 maiores bancos europeus suprimiram cerca de 80.000 postos de trabalho, revela um estudo levado a cabo pela agência noticiosa britânica.
Depois do colapso da Lehman Brothers em 2008, os bancos por todo o mundo reduziram o número de postos de trabalho, mas foi no ano passado que os bancos do Velho Continente efectuaram mais cortes.
Os analistas alertam os funcionários bancários para não alimentarem grandes esperanças de melhorias para 2014, uma vez que ainda estão a decorrer cortes em alguns países, como Espanha onde o emprego ronda os 26%.
No entanto, apesar das milhares de pessoas afectadas pelo desemprego no sector, registam-se exemplos de bancos que combinaram esforços entre o despedimento e a venda de activos, o que pode resultar numa solução mais sustentável para futuras crises, revela o estudo.
O director executivo da empresa recrutadora Robert Walters, Antoine Morgaut, não espera que o emprego no sector retorne aos valores registados antes da recessão em 2008. 25 dos 30 bancos tinham 252.000 postos de trabalho, mais 1,7 milhões de funcionários que têm hoje empregados. “É uma bolha que durará 20 anos”, explicou, citado pela Reuters.
“Em áreas especificas, regista-se uma inversão da tendência, mas ainda é muito insignificante e vai manter-se assim nos próximos seis a nove meses”, acrescentou o executivo.
(Corrige título às 13h29m)