Notícia
Bancos vão continuar a apertar restrições no crédito às empresas no resto do ano
Os bancos vão continuar a aprofundar as restrições na concessão de empréstimos às empresas no último trimestre do ano. Ainda assim, a procura por empréstimos deverá subir nos últimos três meses do ano, junto de particulares.
Os bancos portugueses vão reforçar ainda mais as restrições na concessão de crédito às empresas no último trimestre deste ano, mantendo as atuais medidas no que toca aos empréstimos para particulares, devido aos riscos atuais da situação económica.
Esta é uma das conclusões do Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito levado a cabo pelo Banco Portugal em todos os trimestres, divulgado hoje.
"Para o último trimestre de ano, os bancos antecipam critérios ligeiramente mais restritivos no crédito a empresas e praticamente inalterados no crédito a particulares", pode ler-se no documento, que refere que no terceiro trimestre do ano esses critérios tinham sido já "ligeiramente mais restritivos face ao trimestre anterior", devido à "maior perceção e a menor tolerância de riscos por parte dos bancos".
Para as empresas "os 'spreads' aplicados nos empréstimos de maior risco aumentaram e a maturidade, as garantias exigidas e o montante do empréstimo tornaram-se ligeiramente mais restritivos". Já no caso dos particulares, verificou-se "o aumento da restritividade nos empréstimos à habitação e ao consumo".
Procura deverá aumentar junto dos particulares
Quanto à procura por concessões de crédito, os bancos portugueses anteveem que no caso dos particulares, se registe "um aumento da procura de crédito ao consumo e uma estabilização da procura de crédito à habitação", em linha com o registado entre julho e setembro.
No terceiro trimestre a procura de crédito para habitação regressou aos valores pré-pandemia, de acordo com os gráficos apresentados no inquérito. Prevê-se que o mesmo aconteça nos próximos três meses, no que toca ao crédito concedido para consumo.
O mesmo não se irá verificar para as empresas. Para o quarto trimestre deste ano, os bancos estão a apontar para uma "diminuição da procura de crédito por parte das empresas, transversal ao tipo de empresa e maturidade do empréstimo, mas mais acentuada nas PME e nos empréstimos de longo prazo".
Esta foi também a tendência verificada no período anterior, com a procura de empréstimos por parte de empresas a cair e de forma mais acentuada no caso de grandes empresas, "influenciada sobretudo pela redução das necessidades de financiamento de investimento e de financiamento para fusões/aquisições e reestruturação empresarial", apontam.
O questionário foi enviado pelo Banco de Portugal aos bancos portugueses no dia 21 de setembro e o envio das respostas ocorreu até ao dia 6 de outubro.
Esta é uma das conclusões do Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito levado a cabo pelo Banco Portugal em todos os trimestres, divulgado hoje.
Para as empresas "os 'spreads' aplicados nos empréstimos de maior risco aumentaram e a maturidade, as garantias exigidas e o montante do empréstimo tornaram-se ligeiramente mais restritivos". Já no caso dos particulares, verificou-se "o aumento da restritividade nos empréstimos à habitação e ao consumo".
Procura deverá aumentar junto dos particulares
Quanto à procura por concessões de crédito, os bancos portugueses anteveem que no caso dos particulares, se registe "um aumento da procura de crédito ao consumo e uma estabilização da procura de crédito à habitação", em linha com o registado entre julho e setembro.
No terceiro trimestre a procura de crédito para habitação regressou aos valores pré-pandemia, de acordo com os gráficos apresentados no inquérito. Prevê-se que o mesmo aconteça nos próximos três meses, no que toca ao crédito concedido para consumo.
O mesmo não se irá verificar para as empresas. Para o quarto trimestre deste ano, os bancos estão a apontar para uma "diminuição da procura de crédito por parte das empresas, transversal ao tipo de empresa e maturidade do empréstimo, mas mais acentuada nas PME e nos empréstimos de longo prazo".
Esta foi também a tendência verificada no período anterior, com a procura de empréstimos por parte de empresas a cair e de forma mais acentuada no caso de grandes empresas, "influenciada sobretudo pela redução das necessidades de financiamento de investimento e de financiamento para fusões/aquisições e reestruturação empresarial", apontam.
O questionário foi enviado pelo Banco de Portugal aos bancos portugueses no dia 21 de setembro e o envio das respostas ocorreu até ao dia 6 de outubro.