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Bancos com mulheres na administração são mais estáveis
Um estudo do FMI mostra que a distinção de género ainda é gritante no sector financeiro, tanto no que diz respeito à participação das mulheres na gestão de topo de instituições financeiras, como na utilização dos produtos financeiros.
"Mais mulheres nas administrações dos bancos está positivamente relacionado com mais estabilidade bancária". A conclusão é de um artigo do Fundo Monetário Internacional, que estuda a desigualdade de género no sector financeiro e na utilização dos produtos financeiros, publicado esta segunda-feira, 17 de Setembro.
Segundo o relatório dos peritos internacionais, a maior estabilidade dos bancos cuja gestão de topo conta com mulheres está relacionada com maiores almofadas de capital.
Do mesmo modo, os economistas concluíram que uma participação superior de mulheres nos conselhos de administração dos supervisores bancários também parece estar correlacionado com maior estabilidade bancária e com maior rentabilidade.
Ainda assim, o FMI reconhece que a explicação para esta correlação precisa de ser mais aprofundada.
O que os economistas concluíram também é que, "ao contrário da percepção comum, os dados mostraram que muitos países de baixos e médios rendimentos têm uma percentagem maior de mulheres da administração dos bancos e nos conselhos de administração de agências de supervisão bancária do que as economias avançadas".
Sobre a menor participação, em termos globais, das mulheres nos conselhos de administração dos bancos, o FMI dá conta de uma heterogeneidade significativa entre o tipo de bancos. Há maior percentagem de mulheres nos bancos direccionados para o aforro, do que nos bancos de investimento, holdings bancárias e instituições de produtos de securitização.