A subsidiária brasileira do BESI – que passou a estar integrado no Novo Banco, o chamado banco bom resultante da divisão do BES em duas entidades distintas – poderá ver os seus activos passarem para o Banco Brasil Plural, refere o Estado de São Paulo (Estadão) na sua edição impressa deste domingo, 17 de Agosto.

"A transacção está em andamento. O Brasil Plural confirmou que está a analisar a operação", destaca o jornal brasileiro, acrescentando que o BESI Brasil "deverá manter o foco nos serviços, como a corretagem, fusões e aquisições e mercado de capitais".

No entanto, sublinha aquela publicação, "a venda deste negócio, se concluída, não aliviará em quase nada o rombo do BES, estimado em cerca de cinco mil milhões de euros".

Recorde-se que o Novo Banco é um banco de transição, que detém tudo aquilo que não apresenta problemas, desde activos, passivos, imóveis, trabalhadores ou fornecedores do antigo Banco Espírito Santo. Aqui se incluem os clientes do BESI, do Banco BEST ou do BES Açores, que não sofrem alterações na sua relação com as respectivas instituições.

Isso mesmo foi transmitido pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, na comunicação feita a 3 de Agosto. "Foi criado um banco novo, o Novo Banco". Esta instituição "continuará a assegurar a actividade tanto em Portugal [BESI, BEST, Banco Espírito Santo dos Açores, ESAF, BES Vida] como no estrangeiro, protegendo os seus clientes e os depositantes", acrescentou. Fica afastada qualquer hipótese de haver perdas para os depositantes", concluiu Carlos Costa.