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Banco Montepio passa de prejuízos a lucros de 6,6 milhões de euros

Banco detido pela mutualista passou de um resultado líquido negativo de 80,7 milhões em 2020 para um lucro de 6,6 milhões em 2020.

O Banco Montepio, liderado por Pedro Leitão, passou de lucros a prejuízos em 2020.
DR
03 de Fevereiro de 2022 às 17:37
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O Banco Montepio registou um lucro de 6,6 milhões de euros em 2021. Em comunicado enviado à CMVM, a instituição financeira detida pela mutualista com o mesmo nome informa que o resultado "representa um aumento de 87,3 milhões de euros face aos 80,7 milhões de prejuízo verificados em 2020.

O banco considera que a evolução é "suportada no aumento da margem financeira e das comissões, na redução dos custos operacionais, bem como nas menores dotações para imparidades e provisões, com destaque para as relacionadas com o risco de crédito".

A instituição liderada por Pedro Leitão realça ainda que os resultados beneficiaram do "resultado líquido consolidado positivo de 39,6 milhões de euros na segunda metade de 2021" e que "excluindo os impactos 'one-off' relacionados com o programa de ajustamento, o resultado líquido consolidado teria sido de 21,8 milhões.

O programa de ajustamento resultou na saída de 243 pessoas, numa queda de 6,5% face a 2020, tendo o "Programa de Reformas Antecipadas e Rescisões por Mútuo Acordo representado 83% dessa diminuição", lê-se no documento. No final do ano passado, o Montepio tinha 3.478 trabalhadores. 

O banco encerrou 37 balcões, o que representa uma diminuição de 12,7% face aos valores de 2020.

O crédito malparado (exposições não produtivas, designadas pela sigla inglesa NPE) atingiu 231,9 milhões de euros, num rácio de 8,6%, o que representa uma diminuição face aos 10,4% verificados no final de 2020. O rácio de NPE líquido de imparidades fixou-se em 4,0 %.

A cobertura de NPE por imparidades subiu para 53,6% (valor que sobe para 95,7% se também forem considerados os colaterais e as garantias financeiras associadas aos empréstimos).

A imparidade de crédito caiu 185,1 milhões de euros para 54,3 milhões. 

Terminadas as moratórias, o banco garante que "a grande maioria dos clientes retomou o plano de pagamento da dívida conforme previsto na data de adesão à moratória e o risco de crédito da carteira abrangida reduziu-se significativamente, tendo sido registados, em 31 de dezembro de 2021, 1,05 mil milhões de euros risco de nível 2", o que representa uma diminuição de mais de mil milhões de euros face ao montante registado no final do ano passado, "representando 39% do total dos contratos de crédito que estiveram sujeitos a moratória, em comparação com 64% no final de 2020".

No final de 2021, o total de contratos que já estiveram sujeitos a moratórias ascendia a 2,7 mil milhões de euros, dos quais "88% encontravam-se em situação regular".

A margem financeira (diferença entre os ganhos obtidos nos créditos e os custos associados aos depósitos) totalizou 243,5 milhões de euros, numa subida ligeira face aos 242 milhões registados em 2020, "beneficiando dos efeitos decorrentes da evolução favorável do crédito, da gestão do 'pricing' e da redução do custo com os depósitos de Clientes, apesar do impacto desfavorável das taxas de juro de mercado que se mantiveram em níveis muito baixos".

As comissões líquidas renderam 116,3 milhões de euros, mais 0,9% do que os 115,3 milhões contabilizados em 2020, "incorporando o desempenho positivo induzido pelas operações de crédito, pelos serviços de pagamento e pela gestão e manutenção de contas".

Os capitais próprios do banco atribuíveis aos acionistas (na prática, atribuíveis à Associação Mutualista Montepio, que detém a quase totalidade do capital da instituição financeira) cresceram de 1,32 mil milhões de euros para 1,35 mil milhões de euros
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