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Banco Montepio cumpre rácios de capital mais exigentes do Banco de Portugal

Os rácios de capital para cumprir a partir de 1 de julho de 2019 vão ser para o banco Montepio mais apertados. Mas como revela a instituição os rácios "encontram-se acima dos níveis prudenciais exigidos".

Vitor Mota/Cofina
Negócios 14 de Março de 2019 às 18:05
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"Os rácios de fundos próprios reportados a 31 de dezembro de 2018 pelo Banco Montepio encontram-se acima dos níveis prudenciais exigidos". A garantia é dada pela instituição agora liderada por Dulce Mota em comunicado, no qual revela os requisitos de capital exigidos pelo Banco de Portugal.

A análise prudencial anual do Banco de Portugal, que segue as orientações da Autoridade Bancária Europeia (EBA), determina para cada ano os requisitos exigidos para os fundos próprios de cada instituição. É uma análise banco a banco e é feita todos os anos. O processo é designado de SREP (Supervisory Review and Evaluation Process).

Em comunicado o Banco Montepio revela que para o CET1 (common Equity Tier 1), que mede o peso do melhor capital da instituição, a exigência a partir de 1 de julho é a de apresentar um rácio CET1 de 10,125%, o que é acima aos 9,4% a que está obrigado desde julho de 2018. Mas no final do ano a entidade revelou um CET1 de 13,5%, acima, portanto, do exigido. 


Já o rácio total, incorporando a dívida emitida, tem de estar nos 13,625%, quando no final de dezembro estava nos 14,1%. 

 

Os rácios incorporam o pilar 1, que é o mínimo de capital que a entidade deve dispor, o pilar 2, que depende da avaliação individual a cada instituição, designado de SREP – "supervisory review and evaluation process" –, e ainda as reservas exigidas pelo supervisor, como a que se deve ao peso de cada banco no sistema bancário.


Os rácios incorporam o pilar 1 (requisitos mínimos), pilar 2 (requisitos específicos decorrentes do SREP) e os requisitos combinados de reservas, tendo sido reforçada a exigência nesta última componente, que se deve ao peso de cada banco no sistema bancário, que vai passar a ser de 2,625%, face aos 1,9% anteriores.
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