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Banco Montepio atinge melhor lucro semestral de sempre: 68,7 milhões

O resultado cresceu 117 milhões face ao prejuízo de 48,3 milhões registado do período homólogo, que contabilizou o impacto negativo do Finibanco Angola. Excluindo esse fator, cresceu 12,9 milhões de euros (23,1%).

O Montepio, liderado por Pedro Leitão, avançou em setembro com uma execução sumária junto da Comportur e da Grão Pará.
Nuno Ferreira Santos/Publico
02 de Agosto de 2024 às 08:26
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O Banco Montepio registou um lucro de 68,7 milhões no primeiro semestre do ano. É o melhor resultado semestral de sempre, escreve em comunicado a instituição financeira detida pela associação mutualista com o mesmo nome.

O valor compara com os 48,3 milhões negativos verificados no período homólogo, que contabilizam o efeito negativo da consolidação do Finibanco Angola. Excluindo esse fator, o resultado de janeiro a junho de 2023 teria sido de 55,8 milhões de euros, e a evolução homóloga teria sido um crescimento de 12,9 milhões de euros (mais 23,1%).

"A evolução favorável é consubstanciada no incremento do Produto bancário (+11,1% na comparação homóloga) e na redução das Imparidades e provisões (-11,6%)", lê-se no documento.

O produto bancário cresceu 11,1% face a junho de 2023 para 255,1 milhões de euros, beneficiando da subida de 2,2% da margem financeira.

Face aos valores do final de 2023, a carteira de crédito aumentou 1,2% de 11,7 mil milhões para 11,9 mil milhões de euros. O volume de depósitos ascendeu a 14,2 mil milhões de euros, numa evolução de 6,3% face a dezembro de 2023. Os particulares representam 72% deste total.

A evolução do Banco Montepio no primeiro semestre de 2024, "com particular destaque para o aumento dos depósitos de Clientes e para a redução das exposições não produtivas (NPE) em 13,2%, colocando o rácio NPE em 2,8%, foi determinante para a evolução da rendibilidade e para o reforço da liquidez", explica a instituição liderada por Pedro Leitão.

A margem financeira - diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e pagos nos depósitos e que beneficia do contexto de taxas de juro elevadas - ascendeu a 198,6 milhões de euros, numa subida de 2,2% face ao período homólogo. "Esta evolução beneficiou do aumento dos juros do crédito a Clientes, induzido pela evolução favorável do crédito e pelo efeito do 'repricing' dos contratos no contexto da subida das taxas de juro, e dos juros com as aplicações efetuadas em títulos, que permitiram compensar a subida dos juros de recursos de Clientes e da tomada de fundos no mercado".

O encaixe com comissões sofreu uma queda de 2,3%, ficando-se em 63,1 milhões de euros, "traduzindo os maiores proveitos com a manutenção e gestão de contas, que não foram, todavia, suficientes para mitigar a redução das comissões de mercado, de serviços de pagamento e do crédito".

A carteira de depósitos cresceu 10,5%  face ao período homólogo, para 14,2 mil milhões de euros. As familias aumentaram os seus depósitos em 877 milhões de euros, enquanto as empresas acrescentaram 469 milhões.

Os custos operacionais totalizaram 133,6 milhões de euros, valor que representa um aumento face aos 126,8 milhões registados no período homólogo. O banco justifica a evolução com as subidas dos gastos gerais administrativos e das depreciações e amortizações.

Além do recorde no resultado semestral, também nos rácios de capital o Banco Montepio afirma ter conseguido valores históricos. "Os rácios Common Equity Tier 1 e de Capital Total (fully implemented) ascenderam a 16,1% e 19,4%, respetivamente, valores nunca antes registados", lê-se no comunicado.

O Banco Montepio encerrou o primeiro semestre sem qualquer financiamento junto do Banco Central Europeu.

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