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BdP prevê que 15% do valor do crédito a empresas em moratória seja adiado até setembro

O regulador estima que, até ao final do período de vigência da moratória, as prestações devidas e não pagas possam ascender a cerca de 15% do stock de empréstimos das empresas.

Esta foi a primeira vez que Mário Centeno, ex-ministro das Finanças, apareceu publicamente na pele de governador do Banco de Portugal.
Duarte Roriz
17 de Dezembro de 2020 às 12:13
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O Banco de Portugal estima que até ao final das moratórias, em setembro de 2021, as prestações devidas e não pagas possam ascender a cerca de 15% do stock de empréstimos das empresas. 

As conclusões constam do relatório de estabilidade financeira apresentado esta quinta-feira, 17 de dezembro, pelo governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e o administrador Luís Laginha de Sousa. 

"A adesão à moratória de crédito contribuiu para reduzir as necessidades de liquidez das empresas. Estima-se que até ao final do período de vigência da moratória (setembro de 2021), as prestações devidas e não pagas possam ascender a cerca de 15% do stock de empréstimos das empresas (cerca de 11 mil milhões de euros, do qual um terço relativo a prestações devidas até setembro 2020)", refere o relatório.

"Este alívio temporário do serviço da dívida, que inclui a totalidade do montante em dívida no caso de empréstimos que se venceriam no período da moratória, deverá beneficiar relativamente mais as PME e os setores mais afetados pela crise", pode ler-se no documento.

As moratórias, em vigor até setembro do próximo ano, foram uma das medidas adotadas para apoiar as famílias e empresas penalizadas pela pandemia, dando mais tempo para o pagamento das dívidas. O prazo de adesão foi recentemente prolongado até março de 2021.

(Notícia atualizada às 14:18.)

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