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Banca apoia eleições, mas alerta que país não pode ficar parado

O Presidente da República anunciou na quinta-feira que vai dissolver o Parlamento e que marcou eleições antecipadas para o dia 30 de janeiro.

Os bancos nacionais tinham 46 mil milhões de euros de créditos em moratória até setembro do ano passado.
Mariline Alves
05 de Novembro de 2021 às 11:38
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O Presidente da República anunciou na quinta-feira ao país que vai dissolver o Parlamento e que marcou eleições antecipadas para 30 de janeiro. Uma posição que é apoiada pelos banqueiros dos maiores bancos nacionais. Alertam, no entanto, que o país não pode ficar parado.

"Preservo muito a estabilidade. Mas se me perguntar se prefiro estabilidade ou vitalidade, prefiro vitalidade", afirmou Miguel Maya, CEO do BCP, na Money Conference organizada esta sexta-feira pelo Dinheiro Vivo, DN e TSF, dizendo que concorda com o Presidente da República relativamente à marcação de eleições antecipadas. 

"Vitalidade exige mudança", referiu, notando que "as instituições democráticas funcionam. Vamos ser capazes de encontrar soluções rapidamente".

"Se era melhor termos uma solução que garantisse a boa execução do plano que temos? Obviamente que sim. Agora, se não há condições, é absolutamente fundamental criar essa estabilidade", disse, por outro lado, Francisco Barbeira, administrador do BPI. 

Já Paulo Macedo reforçou o que já tinha dito na quinta-feira, na conferência de imprensa de resultados. "Portugal precisa de uma capacidade de transformação. Precisa que haja, em termos políticos, a possibilidade de se fazer as reformas que precisam de ser feitas", disse o presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos no mesmo evento. 

Para o gestor, o "que importa é que o novo quadro possa ter capacidade de tomada de decisão", pois o "país não pode ficar parado".

António Ramalho, CEO do Novo Banco, afirmou que a "democracia tem os seus mecanismos de rejuvenismento. Mesmo que os resultados sejam os mesmos nada fica na mesma".
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