Notícia
António Ramalho: O homem da banca nos transportes
Tem sobretudo experiência na gestão bancária, mas já fez várias incursões pelo sector dos transportes. Numa frase, é este o percurso de António Ramalho desde que, em 1990, se estreou no Banco Pinto & Sotto Mayor.
Apesar de ser licenciado em Direito, foi na banca que passou a maior parte do seu percurso profissional. Esteve uma década no grupo de António Champalimaud, como administrador de todos os bancos do industrial (Sotto, Totta, Crédito Predial e Chemical), e onde fez amigos para a vida. Foi o caso de Carlos Santos Ferreira que, em 2010, depois de o banqueiro ter sido presidente da CP e da Unicre, o convidou para voltar à banca, como gestor do BCP.
António Ramalho chegou a vice-presidente do BCP, mas poucos meses depois acabou por sair, na remodelação que levou Nuno Amado para a instituição.
Voltou aos transportes, desta vez como líder da Estradas de Portugal, cuja fusão com a Refer transformou em Infraestruturas de Portugal.
"Eu, António Ramalho, sou o rosto da fusão", assumiu, em Novembro, o presidente das Infraestruturas de Portugal. O responsável admitiu mesmo que quando aceitou o cargo de liderança da IP, "sabia que nunca ia ser elogiado se não a título póstumo",
E agora está de volta à banca. A partir de 1 de Agosto, António Ramalho vai assumir a liderança do Novo Banco, substituindo Eduardo Stock da Cunha. E tem pela frente a venda da instituição, que actualmente conta com quatro interessados, que serão o BCP, o BPI, a aliança Apollo/Centerbridge e a Lone Star, cujas ofertas ainda estão por validar.