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António Ramalho assume presidência do Novo Banco a 1 de Agosto

O presidente do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal vai substituir Eduardo Stock da Cunha, que está de regresso ao LLoyds, anunciou o Banco de Portugal.

Miguel Baltazar
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O Banco de Portugal confirmou esta terça-feira, 12 de Julho, que António Ramalho (na foto) vai assumir a liderança do Novo Banco a partir de 1 de Agosto.

"O Banco de Portugal nomeou, sob proposta do Fundo de Resolução, na qualidade de único accionista do Novo Banco, S.A., o Dr. António Manuel Palma Ramalho para o cargo de Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco", refere um comunicado emitido pela instituição liderada por Carlos Costa.

 

O Banco de Portugal assinala que António Ramalho "como é público e reconhecido, [tem] uma longa experiência de gestão no sector financeiro", sendo que "nos anos mais recentes, foi Presidente do Conselho de Administração da Unicre (2006 a 2010) e membro do Conselho de Administração Executivo do Banco Comercial Português, S.A. (2010 a 2012)".

 

Actualmente António Ramalho é "presidente do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal", assinalando o Banco de Portugal aos cargos que assumiu noutras actividades "esteve sempre associada uma forte componente financeira e de reestruturação".

 

O Negócios tinha já avançado no final de Junho que o Banco de Portugal, a quem cabe a nomeação do presidente do Novo Banco, tinha consultado o Governo sobre a escolha de António Ramalho para liderar a instituição financeira.

 

A escolha de Ramalho surge numa altura em que a venda do banco entra na fase decisiva de entrega das propostas, numa altura em que são quatro os candidatos que permanecem na corrida à compra da instituição.

 

Se o processo de venda do Novo Banco tiver sucesso, Ramalho assegurará a transição entre ser fechado um acordo de alienação e a concretização final da alteração accionista, podendo manter-se após a mudança de dono. Num cenário de fracasso da venda, o gestor continuará a liderar a instituição detida a 100% pelo Fundo de Resolução.

 

Stock da Cunha "determinante para consolidação e reforço do Novo Banco"

 

A nomeação de António Ramalho produz efeitos a 1 de Agosto, sendo que Stock da Cunha permanece à frente da instituição financeira até 31 de Julho, "permitindo desta forma uma transição que assegura que são prosseguidos os objectivos traçados para o Novo Banco, bem como a execução do plano de reestruturação oportunamente discutido com as autoridades europeias", refere o Banco de Portugal, que agradece ao gestor a "dedicação e excelência demonstradas no exercício das suas funções, que foram determinantes para a consolidação e o reforço do Novo Banco".

Stock da Cunha irá para o Lloyds e, segundo a Sky News, vai liderar a área de aquisições no Lloyds, banco de onde é quadro e de onde saiu em comissão de serviço. Foi em Setembro de 2014 que o gestor ocupou o lugar de Vítor Bento, que saiu em discordância com a estratégia do governador Carlos Costa para o Banco de Portugal. 

 

Stock da Cunha não será o único a sair do Novo Banco. José João Guilherme também vai deixar a administração da instituição financeira criada como herdeira do Banco Espírito Santo. 

 

Com a saída dos dois administradores, no conselho do Novo Banco ficam, para já, Jorge Freire Cardoso, Vítor Fernandes, Francisco Vieira da Cruz e Francisco Cary, este último com o pelouro financeiro. 

O homem da banca nos transportes  Tem sobretudo experiência na gestão bancária, mas já fez várias incursões pelo sector dos transportes. Numa frase, é este o percurso de António Ramalho desde que, em 1990, se estreou no Banco Pinto & Sotto Mayor.

Apesar de ser licenciado em Direito, foi na banca que passou a maior parte do seu percurso profissional. Esteve uma década no grupo de António Champalimaud, como administrador de todos os bancos do industrial (Sotto, Totta, Crédito Predial e Chemical), e onde fez amigos para a vida. Foi o caso de Carlos Santos Ferreira que, em 2010, depois de o banqueiro ter sido presidente da CP e da Unicre, o convidou para voltar à banca, como gestor do BCP. Chegou a vice-presidente, mas poucos meses depois acabou por sair, na remodelação que levou Amado para a instituição.

Voltou aos transportes, desta vez como líder da Estradas de Portugal, cuja fusão com a Refer transformou em Infraestruturas de Portugal. E agora prepara-se para voltar à banca.

(notícia actualizada às 14:40 com mais informação)

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