Notícia
Angola aumenta capital do Banco de Comércio e Indústria
Essa emissão será no valor de 12.000 milhões de kwanzas (67,6 milhões de euros), com um prazo de reembolso pelo Estado de 24 anos e taxas de juro de 5% ao ano.
09 de Fevereiro de 2017 às 14:42
O Governo angolano vai fazer um aumento de capital de 67 milhões de euros no Banco de Comércio e Indústria (BCI), estatal, recorrendo à emissão de dívida pública, conforme autorização presidencial a que a Lusa teve hoje acesso.
De acordo com um decreto presidencial, assinado este mês por José Eduardo dos Santos, o Ministério das Finanças é autorizado a recorrer à emissão especial de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional (kwanzas) e fazer a entrega "directamente ao BCI", como "aumento de capital".
"Desta maneira potencializando os rácios prudenciais do banco e possibilitando assim a expansão das suas actividades creditícias", lê-se no documento.
Essa emissão será no valor de 12.000 milhões de kwanzas (67,6 milhões de euros), com um prazo de reembolso pelo Estado de 24 anos e taxas de juro de 5% ao ano.
O governador do Banco Nacional de Angola, Valter Filipe, anunciou em Dezembro que o BCI iria entrar em reestruturação, no âmbito de uma estabilização do sistema financeiro angolano, tal como o processo idêntico já iniciado no também estatal - e maior do país - Banco de Poupança e Crédito (BPC), cujo crédito mal parado ascendia no final de 2015 a mais de mil milhões de euros.
"Aprovámos e estamos a implementar um plano de estratégia para o sistema financeiro que vai seguir as normas e práticas internacionais, as normas estabelecidas pelos reguladores americanos e europeus", garantiu o responsável do banco central.
Os bancos comerciais angolanos, indicou, vão passar a seguir as normas de Basileia II e Basileia III, não só em termos de contabilidade e supervisão, mas também de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo e protecção de risco ['compliance'].
O próximo passo, acrescentou, será o pedido ao Banco Central Europeu para ser avaliada a equivalência da supervisão bancária, a qual, defende, "tem todas as condições para ser dada".
O reconhecimento internacional do BNA como entidade credível de supervisão é um assunto particularmente relevante para a banca angolana, que devido à pressão internacional tem sido afastada do acesso ao mercado de divisas (dólares).
De acordo com um decreto presidencial, assinado este mês por José Eduardo dos Santos, o Ministério das Finanças é autorizado a recorrer à emissão especial de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional (kwanzas) e fazer a entrega "directamente ao BCI", como "aumento de capital".
Essa emissão será no valor de 12.000 milhões de kwanzas (67,6 milhões de euros), com um prazo de reembolso pelo Estado de 24 anos e taxas de juro de 5% ao ano.
O governador do Banco Nacional de Angola, Valter Filipe, anunciou em Dezembro que o BCI iria entrar em reestruturação, no âmbito de uma estabilização do sistema financeiro angolano, tal como o processo idêntico já iniciado no também estatal - e maior do país - Banco de Poupança e Crédito (BPC), cujo crédito mal parado ascendia no final de 2015 a mais de mil milhões de euros.
"Aprovámos e estamos a implementar um plano de estratégia para o sistema financeiro que vai seguir as normas e práticas internacionais, as normas estabelecidas pelos reguladores americanos e europeus", garantiu o responsável do banco central.
Os bancos comerciais angolanos, indicou, vão passar a seguir as normas de Basileia II e Basileia III, não só em termos de contabilidade e supervisão, mas também de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo e protecção de risco ['compliance'].
O próximo passo, acrescentou, será o pedido ao Banco Central Europeu para ser avaliada a equivalência da supervisão bancária, a qual, defende, "tem todas as condições para ser dada".
O reconhecimento internacional do BNA como entidade credível de supervisão é um assunto particularmente relevante para a banca angolana, que devido à pressão internacional tem sido afastada do acesso ao mercado de divisas (dólares).