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Administração do Popular pode decidir hoje o futuro do banco
O conselho de administração do Banco Popular tem esta quarta-feira uma nova reunião, estando em cima da mesa uma das propostas de venda a uma grande instituição financeira espanhola.
A notícia está a ser avançada pelo Expansión, que dá conta que os administradores do Popular vão também abordar outros temas relevantes para o futuro do banco, como o processo de venda de activos, que decorre em paralelo.
Segundo o jornal espanhol, o Popular pretende definir o futuro do banco antes de 10 de Junho, que é a data limite para os interessados no banco apresentarem as suas propostas. Antes disso pretende tomar uma decisão sobre as alternativas que estão a ser ponderadas, que passam pela venda de activos e a alienação a outra instituição.
A decisão terá que ser rápida, até porque a pressão dos reguladores, sobretudo em Bruxelas, é grande. De acordo com uma notícia desta tarde da Reuters, o responsável máximo do regulador europeu que trata dos bancos problemáticos, emitiu já um aviso prévio sobre a possibilidade de o banco ser descontinuado, caso não seja possível encontrar uma solução para o banco.
O processo de venda de activos pressupõe a venda de 49% da WiZink, a totalidade do capital da subsidiária norte-americana Totalbank.
Santander, BBVA, Bankia, Sabadell e CaixaBank são os bancos apontados pelos media espanhol como potenciais interessados no Popular. O El Confidencial noticia que os interessados no Popular solicitaram mais informação ao banco, nomeadamente como evoluíram os depósitos da instituição nos últimos dias.
Um "research" recente do BPI indica que uma fusão do Popular, liderado por Emilio Saracho (na foto) com um rival espanhol pode gerar sinergias que podem alcançar 3,8 mil milhões de euros.
De acordo com os cálculos dos especialistas, um processo de consolidação com o Santander ou o BBVA deveria gerar poupanças totais de 4,7 mil milhões de euros, um valor ao qual teria de se subtrair 1,36 mil milhões de euros para custos de reestruturação. Tudo somado, as sinergias finais seriam de 3,8 mil milhões. Já uma fusão com o Sabadell poderia gerar poupanças de 2,6 mil milhões de euros e de 2,3 mil milhões, caso o Popular escolha o Bankia.
A reunião do conselho de administração do Popular decorrerá num dia em que as acções do Popular voltam a registar quedas acentuadas em bolsa. Os títulos recuam 3,54% para 62,7 cêntimos, uma das descidas mais fortes da praça de Madrid.
(notícia actualizada às 16:20 com notícia da Reuters)