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Volkswagen suspende produção no Brasil devido a agravamento da pandemia
O construtor automóvel alemão Volkswagen vai suspender a produção de veículos no Brasil durante 12 dias devido ao agravamento da pandemia de covid-19 no país, segundo um comunicado enviado esta sexta-feira à imprensa local.
19 de Março de 2021 às 21:49
"A Volkswagen do Brasil comunica a suspensão de atividades relacionadas à produção de todas as suas unidades no país, localizadas nos Estados de São Paulo (SP) e Paraná (PR), a partir do dia 24 de março de 2021 por 12 dias corridos", indicou a companhia.
O construtor automóvel salienta que serão mantidas apenas as "atividades essenciais" nas fábricas, de forma a preservar a saúde dos funcionários.
A medida foi tomada em conjunto com os Sindicatos locais.
No Brasil, o grupo alemão possui fábricas nas cidades de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR).
O Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia em números absolutos, ao totalizar 287.499 óbitos e 11.780.820 diagnósticos de infeção pelo novo coronavírus.
Além de sucessivos recordes diários de óbitos e infeções, especialistas em saúde alertam que nas próximas semanas é esperado um forte aumento da curva pandémica, entre outros fatores devido à alta incidência de nova estirpe que detetada no Amazonas e que já se espalhou por todo o país.
Até ao momento, apenas 5% de uma população de 212 milhões de habitantes está vacinada, numa campanha nacional de imunização que avança lentamente no país devido à falta de antecipação nas encomendas de doses de vacinas e atrasos nas entregas.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maior centro de investigação da América Latina, considerou que o Brasil vive "o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história" e pediu ao Governo que endureça "com urgência" as medidas contra a pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.692.313 mortos no mundo, resultantes de mais de 121,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.