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Volkswagen rejeita acusações da Deco: Carros intervencionados não poluem mais

A SIVA garante que os carros chamados à oficina para corrigir o software fraudulento não saem da oficina a poluir mais, conforme alega a Deco.

Volkswagen 236,600 mil milhões de dólares
reuters, bloomberg
12 de Abril de 2017 às 16:30
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A Volkswagen rejeita as acusações da Deco de que os automóveis alvo de intervenção devido ao dieselgate saem da oficina a poluir mais. A marca alemã em Portugal diz que as intervenções que estão a ser feitas contam com a chancela de rigor da Autoridade Federal de Transportes Motorizados da Alemanha (KBA). 

"Nós temos uma posição muito clara sobre isso: A solução técnica que nós estamos a aplicar desde o ano passado aos carros afectados pelos grandes desvios de emissões de NOX [dióxido de azoto] está aprovada pelas autoridades alemãs de transporte", disse ao Negócios o director de comunicação da SIVA, Ricardo Tomaz, esta quarta-feira, 12 de Março. A SIVA é o importador nacional de todas as marcas do grupo VW, à excepção da Seat.

"A autoridade dos transportes alemã deu o OK a essa solução técnica no pressuposto de que essa solução técnica não afectava as emissões de dióxido de carbono, não afectava os consumos e não afectava no nível de ruído", começou por dizer.

"E foi mediante essa garantia da Volkswagen, que nada disto aconteceria após a intervenção, que a autoridade alemã dos transportes deu o OK para que esta solução fosse posta em prática em toda a Europa", completou.

O caso conhecido como dieselgate, cujo software fraudulento dava leituras de emissões poluentes mais baixas do que as reais dos motores a gasóleo do grupo Volkswagen, afectou 11 milhões de automóveis em todo o mundo.

"Os clientes podem ter a garantia da marca e essa garantia é caucionada pela autoridade dos transportes da Alemanha, uma entidade autónoma, independente das marcas", destacou o responsável da SIVA.

"Não subscrevemos de maneira nenhuma aquilo que a Deco diz. Segundo as autoridades alemãs, esta solução técnica resolve o problema e a Volkswagen coloca-a em prática no sentido de a resolver com o mínimo de inconvenientes possíveis para os clientes", sublinhou Ricardo Tomaz.


Já a actualização de software "tem decorrido sem nenhum solavanco, com toda a serenidade e tranquilidade", afirmou, sendo uma "solução rápida que decorre em pouco mais de 30 minutos".


Ricardo Tomaz adianta que cerca de 30% dos 100 mil veículos afectados já foram alvos de intervenção. "Vamos caminhando rapidamente para terminarmos esta acção em Setembro/Outubro deste ano", afirmou.

A SIVA reagiu assim às acusações da Deco que disse esta semana ter testado mais dois automóveis do grupo Volkswagen, tendo chegado à conclusão que existe um aumento de emissões poluentes após a intervenção.

 

Para a Deco/Proteste, é "necessário reavaliar com urgência" a intervenção técnica que está a ser feita pela Volkswagen aos carros afectados pela fraude e ainda que seja assegurada "a sua eficácia na redução de emissões". 

Já em meados de 2016 a Deco tinha feito semelhante acusação à Volkswagen depois de ter procedido a testes num Audi Q5 TDI 2.0, tendo na altura a SIVA também rejeitado o aumento de emissões após a intervenção.

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