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Volkswagen ganha quota de mercado pela primeira vez desde escândalo das emissões
A construtora automóvel alemã ganhou quota de mercado na Europa pela primeira vez desde que rebentou o escândalo das emissões de gases. A Volkswagen foi responsável por 24,8% das vendas de carros na Europa em Novembro.
A construtora alemã Volkswagen pode estar a recuperar a confiança dos consumidores europeus. Um sinal disso é a construtora alemã ter aumentado a sua quota de mercado pela primeira vez desde Setembro do ano passado, época em que rebentou o escândalo das emissões de gases poluentes.
Os dados da Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA), divulgados esta quinta-feira, 15 de Dezembro, e citados pela Bloomberg, indicam que a Volkswagen foi responsável por 24,8% das vendas de carros totais de carros na Europa em Novembro. Este valor contrasta com os 24,6% registados em igual período do ano passado.
O registo de matrículas europeias cresceu 5,6% no mês passado para 1,19 milhões de veículos, o que, de acordo com a Bloomberg, coloca o sector na trajectória correcta para registar o terceiro ganho anual. Neste segmento, a Volkswagen também esteve em destaque, sendo os seus carros responsáveis 6,3% dos registos.
O sector automóvel no Velho Continente tem vindo a recuperar depois de ter atingido um mínimo de 20 anos em 2013, época em que o continente estava a ser assolado pela crise das dívidas soberanas. Naquele ano, Portugal estava ainda a braços com o programa de ajustamento económico-financeiro depois de ter pedido um resgate às instituições internacionais em 2011. A Irlanda saiu do plano de resgate em Dezembro daquele ano. A Grécia estava ainda sob condição de resgate, assim como o Chipre.
A recuperação do sector tem se devido ao aumento da confiança dos consumidores e ao crescimento económico em países como a Alemanha e a França.
Apesar do crescimento das vendas ter abrandado este ano, numa altura em que o mercado dá sinais de estar a atingir um pico, a procura continua resiliente mesmo com o escândalo das emissões fraudulentas, com a incerteza política na Europa e com o Brexit, segundo a mesma fonte.