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Volkswagen assume que deve falhar meta de redução de emissões e arrisca multa de 266 milhões

O grupo Volkswagen, líder do mercado automóvel na UE, deverá falhar a meta de redução de emissões de CO2 este ano e poderá não alcançar os limites também em 2021, arriscando multas avultadas, admitiu o CEO da fabricante alemã. A coima em 2020 poderá ascender a 266 milhões de euros.

04 de Dezembro de 2020 às 16:11
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O Grupo Volkswagen deverá falhar o limite de emissões de dióxido de carbono (CO2) definido por Bruxelas para este ano e poderá voltar a não alcançar os objetivos em 2021, arriscando multas de centenas de milhões de euros, admitiu esta sexta-feira o CEO do fabricante automóvel germânico.

Herbert Diess assumiu que o gigante automóvel, que tem uma quota de 25,3% nos ligeiros de passageiros na UE nos primeiros 10 meses deste ano, ainda tem dúvidas de que consiga cumprir as metas em 2021 e só se mostra confiante para 2022.

Em entrevista ao semanário económico alemão WirtschaftsWoche, Diess referiu que o grupo, que inclui as marcas Volkswagen, Seat, Audi, Skoda, Porsche, Bentley, Lamborghini e Bugatti, está a trabalhar "a todo o gás para ficar o mais próximo possível", apostando na venda de veículos mais amigos do ambiente.

"No próximo ano será mais fácil e a partir de 2022 não deveremos ter problemas em cumprir os limites de emissões", disse o responsável.

Os limites que vigoram para este ano são de emissões médias de 95 gramas de CO2 por quilómetro para os automóveis vendidos na União Europeia.

Diess reconheceu que o grupo "começou relativamente tarde" a converter a sua gama de veículos para viaturas de mais baixas emissões.

No mês passado, o CEO da Volkswagen tinha indicado ao Financial Times que o grupo deveria terminar o ano "a um grama ou perto disso" dos limites.

A rival alemã Daimler, casa-mãe da Mercedes-Benz, avançou em outubro estar "a curta distância" de cumprir a fasquia dos 95 gramas de emissões. Já a também germânica BMW disse que prevê ficar dentro dos limites impostos.

Ainda assim, este ano os fabricantes contam com algumas "facilidades" para evitar penalizações financeiras. Desde logo, são excluídos do cálculo da média de emissões de cada grupo os 5% de veículos mais poluentes.

Adicionalmente, existem os chamados "supercréditos" para os veículos de baixas emissões. Este mecanismo leva a que os automóveis com emissões inferiores a 50 gramas por quilómetro sejam contabilizados duas vezes para efeito de cálculo das emissões médias de cada fabricante. Estes supercréditos serão de 1,66 vezes em 2021 e de 1,33 vezes em 2022, último ano em que vigoram.

Por último, os fabricantes podem também beneficiar dos créditos por inovações tecnológicas, que podem ascender a um crédito de sete gramas por ano. Entre as inovações abrangidas contam-se o uso de luzes LED e alternadores mais eficientes.

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