Notícia
Produção automóvel em Portugal aumenta 86% até Maio
Os ligeiros de passageiros valeram a Portugal uma subida de 86% no número de veículos produzidos, contrariando as quebras na saída de veículos pesados. A fábrica da Autoeuropa em Palmela continua a contribuir grandemente para os aumentos na produção.
Entre Janeiro e Maio, saíram das fábricas portuguesas 103.344 veículos ligeiros de passageiros – um aumento de 123% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os automóveis comerciais também aceleraram, mas mais timidamente: aumentaram 13%. Em contra-mão estão os pesados, cuja produção caiu 28,9% no acumular do ano, não sendo suficiente para travar a tendência positiva. Feitas as contas, a produção automóvel nacional disparou 86,2% nos primeiros cinco meses de 2018.
Estes números foram divulgados pela Associação Do Comércio Automóvel De Portugal (ACAP), que publicou as estatísticas relativas a Maio, mês no qual a produção automóvel superou em 64,7% a registada no mesmo mês do ano passado, respeitando a mesma tendência relativa a cada categoria de veículos. Ou seja, só os pesados notam uma descida, que no caso de Maio, foi de 41,7%.
A Autoeuropa é uma grande impulsionadora destes resultados. O fabrico do modelo T-Roc começou em Agosto de 2017 e foi reforçado no último mês de Abril, produzindo agora mais dois veículos por hora até Setembro. Até à data, eram produzidos cerca de 27 T-Roc por hora.
De acordo com a associação, estes dados confirmam "a importância que as exportações representam para o sector automóvel, já que 96,8% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo". A ACAP sublinha ainda que este sector "contribui de forma significativa para a balança comercial portuguesa".
Os carros portugueses viajam, na sua maioria, para países da Europa. Dos 91,4% que têm como destino o Velho Continente, mais de um quinto vai para Alemanha, 14,2% fica por França, 12,1% desloca-se apenas até Espanha e 10,9% chega a Itália. Fora da Europa, a China é o país que mais requisita os automóveis de origem portuguesa, recebendo uma fatia de 2,7%.