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Peugeot Citroën nega manipulação de emissões

Depois do Le Monde ter falado em dois milhões de carros afectados, citando um documento interno a que a investigação em França teve acesso, o grupo automóvel nega o cenário e informa que avançará para tribunal.

08 de Setembro de 2017 às 17:05
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O grupo automóvel PSA Peugeot Citroën negou esta sexta-feira, 8 de Setembro, ter instalado dispositivos que manipulassem as emissões dos seus automóveis.

O grupo francês liderado por Carlos Tavares reagia assim à notícia do Le Monde, que dava conta de o dispositivo teria sido instalado em dois milhões de carros.


A publicação citava um documento interno do grupo PSA, a que os investigadores do regulador francês terão tido acesso. Segundo o Le Monde, o documento debatia a necessidade de "tornar o aspecto" destes dispositivos "menos óbvio e visível".


Mostrando-se "indignado" com a notícia, o grupo PSA rejeita a manipulação e esclarece que "não foi contactado pela justiça". "O grupo PSA já explicou, por diversas ocasiões, a sua estratégia de configuração de motores. Esta tem como base o comportamento dos seus clientes na vida real. Ela favorece as baixas emissões de óxido de azoto (Nox) em cidade, garantindo o melhor equilíbrio NOx/CO2 [dióxido de carbono] na estrada", reagiu em comunicado.

A Peugeot Citroën foi a quarta empresa a ser referenciada por França na sequência das suas investigações à manipulação de emissões poluentes, desencadeadas pelo escândalo Volkswagen. A marca alemã foi apanhada a instalar dispositivos que reduziam o nível de óxido de azoto emitido durante os testes em laboratório quando, em contexto de estrada, esses valores ultrapassavam o permitido por lei. Foram 11 milhões de carros afectados em todo o mundo.


Agora, o grupo francês informa que montará um processo de transparência sobre as emissões de Nox até ao final deste ano, à semelhança do que já acontece com as emissões de dióxido de carbono.


O assunto vai agora chegar aos tribunais, por considerar que está em causa a sua reputação e dos seus 210 mil funcionários. "O grupo PSA reserva-se o direito de apresentar uma queixa por violação do segredo de justiça e das obrigações de confidencialidade das autoridades", fez saber perante a alegada fuga de informação.

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