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Perdas acima do esperado e novos atrasos no Model 3 penalizam Tesla
A Tesla Motors voltou a decepcionar o mercado, ao prorrogar uma vez mais a sua meta para fabricar 1.500 veículos por dia. Além disso, registou no terceiro trimestre prejuízos superiores às estimativas, o que fez com que as acções caíssem fortemente no "after hours".
A fabricante norte-americana de veículos eléctricos Tesla registou uma perda de 619,4 milhões de dólares no terceiro trimestre, terminado a 30 de Setembro, contra lucros de 21,9 milhões um ano antes.
Tratou-se, assim da maior perda trimestral da história da Tesla, o que está a ajudar à queda das cotações na negociação fora de horas em Wall Street.
Numa base ajustada (excluindo itens extraordinários), registou um prejuízo de 1,92 dólares por acção – valor superior aos 1,45 dólares por acção esperados pelos analistas inquiridos pela Zacks Investment Research e que compara com um lucro de 71 cêntimos por acção no mesmo período de 2016.
As receitas, por seu lado, aumentaram 30% para 2,98 mil milhões de dólares. O consenso de mercado apontava para 2,90 mil mihões, pelo que a facturação superou as expectativas.
No entanto, os prejuízos e a incapacidade de atingir metas de produção que tinha definido estão a castigar a empresa em bolsa, que segue a cair 5,5% para 303,62 dólares no "after-hours" da bolsa nova-iorquina.
No passado dia 3 de Outubro, a Tesla tinha já dado conta de problemas na produção do novo Model 3, quando revelou que tinha apenas produzido 260 unidades no terceiro trimestre – contrariando grandemente a sua meta de "mais de 1.500" prevista só para Setembro.
Agora, veio dizer que a meta de produção de 1.500 Model 3 por semana está adiada para finais do primeiro trimestre de 2018, o que desgostou os investidores.
Recorde-se que a ideia da Tesla é fabricar 500.000 carros por ano a partir de 2018. E para a alcançar conta grandemente com o Model 3. O que, a avaliar pelos revezes, poderá dificultar a concretização desse objectivo.
(notícia actualizada às 21:44)