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Nissan processa apoiantes do Brexit

A marca nipónica é a segunda fabricante automóvel a afirmar que a campanha que defende a saída da UE não pode usar o seu logo na comunicação.

Bloomberg
20 de Junho de 2016 às 18:16
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A Nissan decidiu apresentar queixa formal na justiça britânica para impedir que a campanha do "Vote leave" [vota sair], que advoga a saída do Reino Unido da União Europeia, use o seu nome e logotipo no folheto que está a ser distribuído em vésperas de referendo, marcado para 23 de Junho.

No folheto, adianta a agência Reuters, o logotipo da Nissan surge ao lado de quatro outras grandes empresas, como a anglo-holandesa Unilever e a Vauxhall, com a mensagem: "Muitos empregadores disseram que permanecerão no Reino Unido seja qual for o resultado do referendo".

Em resposta, a Nissan quer deixar de aparecer nos folhetos e quer impedir os defensores da saída do Reino Unido de "fazerem mais declarações falsas e interpretações erróneas" que incluam a Nissan.

"Nós protegemos vigorosamente a marca Nissan e a propriedade intelectual em todos os mercados em que operamos", afirmou a Nissan, citada pela Reuters. Contactados, os responsáveis pela campanha "Vote Leave" não responderam à agência inglesa.

A Nissan é a segunda grande empresa nipónica a avançar para a justiça por causa do uso da marca na campanha no Reino Unido. A rival Toyota já afirmara no início deste mês que iria contestar judicialmente o uso da insígnia pela campanha que advoga a saída da União Europeia.

Esta segunda-feira, vários fabricantes automóveis repetiram os apelos para o Reino Unido se manter no bloco económico dos 28, cuja permanência favorece o seu negócio.

"Se o Reino Unido sair da União Europeia, acreditamos que é improvável que o país possa manter os actuais acordos comerciais onde não há tarifas ou taxas", escreveu o director-geral da Toyota UK, Shigeru Teramoto, numa carta interna aos colaboradores, assinada em conjunto com um representante sindical britânico.

A saída, contabilizou, aumenta as taxas até 10% sobre cada automóvel vendido a partir do Reino Unido, forçando a empresa a cortar custos ou a aumentar preços, mas de qualquer forma impactando negativamente nas vendas, explicou Teramoto na comunicação interna.

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