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Mitsubishi deixa de vender oito modelos devido a escândalo com combustível

A empresa foi alvo de uma investigação pelo Ministério dos Transportes japonês e terá que descontinuar, para já, vários modelos, que terão exagerado os dados sobre a eficiência do combustível.

Negócios 30 de Agosto de 2016 às 14:01
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A Mitsubishi Motors vai deixar de vender oito dos seus modelos, depois de uma investigação por parte do Ministério dos Transportes japonês ter confirmado que a empresa tinha "exagerado" a eficiência do combustível em alguns carros. As restrições aplicam-se apenas ao Japão e podem ser levantadas, desde que a empresa resolva os problemas que levaram à abertura do processo.  


A investigação surgiu depois de a empresa ter admitido, em Abril, que tinha falsificado a eficiência do combustível em dois modelos e em dois carros produzidos para a Nissan. As vendas dos veículos foram suspensas e a Mitsubishi perdeu, em bolsa, quase três mil milhões de euros em valor de mercado. 

Nessa altura, a construtora automóvel reconheceu que os seus funcionários modificaram a pressão de pneus durante os testes de consumo de combustível de 625 mil unidades vendidas no Japão, em quatro dos seus modelos de veículos ligeiros.

A Nissan, que também foi prejudicada nos modelos que tinha encomendado à Mitsubishi, comprou depois uma posição de controlo na sociedade.

Os últimos modelos afectados foram variantes do Pejero, Outlander e RVR SUV. Inicialmente, os veículos apanhados no escândalo eram dois carros de dimensões reduzidas, com a marca Mitsubishi e outros dois semelhantes para a Nissan.


O Ministério dos Transportes salientou que a investigação "confirmou que a economia de combustível em oito modelos chegava a ser 8,8%, e em média 4,2%, mais baixa do que foi anunciado".


A Mitsubishi não pode, assim, vender os carros no seu mercado doméstico, até submeter medições correctas.


A empresa admitiu que falsificou os testes nos últimos 25 anos, o que já levou à saída do presidente Tetsuro Aikawa.

As acções da japonesa estão a cair mais de 3% no mercado alemão.

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