Elon Musk, CEO da Tesla, viu uma juíza de Delaware remover o bónus de 55 mil milhões de dólares, em opções sobre ações, que lhe foi atribuído pela Tesla. A notícia é avançada pela Bloomberg, que diz que a decisão surge na sequência de uma contestação por parte de um acionista da fabricante de automóveis. 

A decisão surge mais de cinco anos após o co-fundador da marca ter visto ser lhe atribuído o maior plano de compensação de sempre. Há ainda a hipótese de recurso de decisão, segundo a Reuters.

A perda deste bónus terá um impacto significativo na fortuna do multimilionário, uma vez que a compensação, avaliada em mais de 50 mil milhões de dólares, era um dos seus ativos mais valiosos.

Aliás, sem estas opções sobre ações da Tesla, a fortuna de Musk encolhe para os 154,3 mil milhões, tornando-se a terceira pessoa mais rica no mundo, segundo o índice de multimilionários da Bloomberg. Isto após vários anos em que liderou a lista.

O plano de compensação foi atribuído a Musk em 2018, mas sofreu contestação há mais de um ano, quando um investidor considerou que este era excessivo. Uma alegação que a juíza Kathaleen St. J. McCormick considerou agora ter fundamento.

Durante o julgamento, a administração da Tesla argumentou que a companhia estava a pagar para garantir que Musk continuava a dedicar toda a sua atenção à fabricante de veículos elétricos e que este era um excelente negócio para os acionistas. Antonio Gracias, que esteve na gestão da empresa de 2007 a 2021, defendeu mesmo que permitiu levar a empresa a um sucesso extraordinário.