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Governo admite portagens mais baratas para carros SUV e crossover

O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas admite passar carros SUV e crossover da classe 2 para 1 das portagens, alegando que a actual classificação “pode ser um bloqueio à entrada no mercado de viaturas mais eficientes”.

Nuno André Ferreira/Correio da Manhã
21 de Abril de 2018 às 10:31
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Há pouco mais de dois meses, o director-geral da Peugeot-Citröen (PSA) Portugal deixou o alerta: "O investimento da PSA em Mangualde está em risco no médio prazo", se não houver alterações das classes das portagens.

 

É que o novo modelo K9, que deverá começar a ser produzido no Outono, é actualmente classificado como veículo da classe 2 nas portagens por ter mais de 1,10 metros de altura no eixo da frente. Em causa estão 700 postos de trabalho.

 

A 18 de Abril passado, o mesmo responsável da PSA em Portugal disse que quer ter o dossier das classes das portagens fechado até Junho. Com os novos modelos produzidos na fábrica nacional da empresa a chegarem aos concessionários no final de 2018, a companhia quer assim definir atempadamente a sua estratégia comercial para os automóveis que vão sair da linha de produção de Mangualde.

 

O que as marcas como a PSA exigem é que estes ligeiros passem a pagar classe 1 e que a altura do eixo da frente deixe de ser critério na definição das classes.

 

Este sábado, 21 de Abril, em entrevista ao "Dinheiro Vivo", o ministro do Planeamento e das Infra-estruturas admite passar carros SUV e crossover da classe 2 para 1 nas portagens.

 

Argumento do ministro Pedro Marques: "Há cada vez mais carros com essas novas características, que são muito mais eficientes do ponto de vista ambiental, e isso [classe 2] pode suscitar um bloqueio à entrada no nosso mercado por via do custo das portagens de um conjunto de viaturas que até são mais eficientes do ponto de vista ambiental."

 

Questionado sobre se esta alteração nas classes de portagens irá implicar um aumento de custo das Parcerias público-Privadas (PPP) para o Estado e, consequentemente, para os contribuintes, Pedro Marques respondeu que "isso tem de ser visto, porque o número de carros nessa situação é muito limitado".

 

O Governo está a renegociar os contratos de concessão das auto-estradas com a Brisa desde o final do ano passado, sendo que esta situação da classe 2 das portagens tem que ver com todos os restantes concessionários de auto-estradas.

 

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