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Ford acima dos 20 dólares pela primeira vez em 20 anos
As ações da fabricante automóvel norte-americana encerraram a sessão desta segunda-feira a subir 4,49% para 20,15 dólares, depois de na negociação intradiária terem chegado a tocar nos 20,42 dólares.
A Ford superou o patamar dos 20 dólares por ação pela primeira vez desde setembro de 2001, animada pelo otimismo em torno do seu renovado foco nos veículos elétricos e pelo aumento da procura por automóveis.
As ações da fabricante automóvel norte-americana, sediada em Detroit, encerraram a sessão a subir 4,49% para 20,15 dólares, depois de na negociação intradiária terem chegado a tocar nos 20,42 dólares.
No acumulado do ano, a Ford valoriza em torno de 127% em bolsa, superando assim grandemente a subida de cerca de 25% do índice onde está cotada, o Standard & Poor’s 500. Só na semana passada, a empresa somou 13%.
Os intervenientes de mercado estão a demonstrar uma fé crescente no plano de reestruturação do CEO da Ford, Jim Farley, sublinha a CNBC.
Desde que Farley assumiu o controlo da fabricante automóvel, em outubro do ano passado, as ações da empresa praticamente já triplicaram de valor – passando de 7 para 20 dólares.
O plano de reestruturação já levou à remodelação da equipa de gestão da Ford, tendo sido já também anunciado um investimento de milhares de milhões de dólares em veículos elétricos e autónomos, recorda a CNBC.
Esta segunda-feira, a Bloomberg reportou que a Ford arrancou com a venda de obrigações verdes (que têm associadas fins ambientais, sociais ou de governo societário [ESG, na sigla em inglês]), no sentido de captar fundos para projetos de transportes de energia limpa e para a melhoria das baterias dos seus veículos elétricos, o que animou adicionalmente os investidores.
A Ford, avançou a agência noticiosa, está a vender 2,5 mil milhões de dólares em obrigações a 10 anos, cujas receitas se destinam a beneficiar o ambiente, naquela que é a maior venda de obrigações verdes por parte de uma empresa norte-americana.
Na semana passada, a Ford anunciou que pretende vender pelo menos mil milhões de dólares de obrigações verdes, no âmbito de um plano mais vasto destinado a reduzir os seus custos de financiamento em mais de 50% através da recompra de cinco mil milhões de dólares da sua dívida – que está na categoria de "lixo" – e tentar que a empresa volte a ter um rating que recaia no nível de investimento de qualidade.