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Escalada de preços ameaça produção de baterias da UE, avisa CEO da marca Volkswagen

A UE encontra-se atualmente pressionada por dois flancos, já que além da crise energética agravada pela invasão russa à Ucrânia, a indústria automóvel norte-americana vai receber um impulso dos subsídios ao abrigo de um novo pacote do presidente Joe Biden. Os apoios da UE estão assim "ultrapassados" segundo Thomas Schaefer.

Veículos elétricos do grupo alemão que sejam encomendados agora só serão entregues em 2023.
Filip Singer/EPA
28 de Novembro de 2022 às 16:19
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A escalada dos preços da energia pode tornar o investimento nas indústrias alemã e europeia de baterias inviável, o que pode implicar a saída destes centros de produção para outros locais fora do bloco, alertou o CEO da marca Volkswagen, Thomas Schaefer.

"A menos que consigamos reduzir os preços da energia na Alemanha e Europa rapidamente e de forma fiável, o investimento em produção e novas fábricas, praticamente, não será viável", escreveu o CEO no LinkedIn. Assim, caso os preços não desçam "a criação de valor nesta área terá de mudar de lugar", acrescentou.

Para Thomas Schaefer, o esboço desenhado pelos Ministérios da Economia francês e alemão na semana passada, "não vai ao encontro das expectativas, ficando aquém das prioridades".

A UE encontra-se atualmente pressionada por dois flancos, já que além da crise energética agravada pela invasão russa à Ucrânia, a indústria automóvel terá de enfrentar as consequências da lei de redução da inflação dos EUA, que visa proteger a economia norte-americana do aumento dos preços e impulsionar alguns setores, como o dos automóveis elétricos, reduzindo a dependência da China em alguns componentes como é o caso das baterias.

Bruxelas já reagiu ao programa – assente em subsídios – alegando que tal viola as regras da Organização Mundial do Comércio e que discrimina as empresas que não são norte-americanas.

Os programas da UE não se concentram suficientemente no " aumento a curto prazo da industrialização da produção", critica Schaefer além de defender que os apoios estatais do bloco estão "ultrapassados" e são "burocráticos".

O grupo Volkswagen planeia ter seis fábricas de baterias em toda a Europa até 2030, através da empresa de baterias PowerCo.

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