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CT da Autoeuropa exige medidas imediatas para colmatar falta de pessoal

"O que se passa na Autoeuropa é que cada vez há mais reduções de pessoal e a produção é cada vez maior. Cada vez fazemos mais carros com menos pessoas. E isso sai do esforço dos trabalhadores", disse à agência Lusa o coordenador da CT, Rogério Nogueira.  

A fábrica de Palmela atingiu em 2022 o seu segundo melhor ano de sempre em volume de produção.
João Cortesão
05 de Maio de 2023 às 21:15
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A Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa exigiu esta sexta-feira à administração da empresa a adoção imediata de medidas para fazer face à "falta de pessoal e sobrecarga de trabalho nas linhas de produção" da fábrica de automóveis de Palmela.

"O que se passa na Autoeuropa é que cada vez há mais reduções de pessoal e a produção é cada vez maior. Cada vez fazemos mais carros com menos pessoas. E isso sai do esforço dos trabalhadores", disse à agência Lusa o coordenador da CT, Rogério Nogueira.  

A administração da Autoeuropa, em reunião realizada hoje com os representantes dos trabalhadores, comprometeu-se a implementar de imediato uma `pool´ de trabalhadores para fazer face ao absentismo, mas a Comissão de Trabalhadores (CT), que já tinha apresentado essa proposta anteriormente, considera que se trata de uma medida "insuficiente" para resolver todos os problemas.

Segundo o coordenador da CT, a falta de pessoal, "além de provocar uma sobrecarga de trabalho nas linhas de produção, também está a dificultar o gozo de dias de compensação, férias ou dias especiais, muitas vezes pedidos com mais de um mês de antecedência".

"A empresa tem índices de produtividade para atingir, mas a CT entende que esses índices de produtividade não podem ser alcançados a qualquer preço, muito menos à custa dos direitos e da saúde dos trabalhadores", sublinhou.

Rogério Nogueira, que falava à agência Lusa na sequência de um comunicado divulgado hoje pela CT, afirma que o problema da falta de pessoal "tem vindo a agravar-se desde há alguns meses, desde que terminou a produção da Volkswagen Sharan".

O coordenador da CT lembra ainda que a Autoeuropa "tem dois programas abertos para as pessoas saírem, mas as pessoas que saem não são repostas e ficam a faltar trabalhadores nas linhas de produção".

"De há uns tempos a esta parte, temos vindo a constatar que o trabalho é cada vez mais desgastante, que as pessoas estão cada vez mais cansadas e fatigadas", reiterou Rogério Nogueira.

A agência Lusa contactou também a administração da Autoeuropa, que se limitou a dizer que "os temas em causa fazem parte das reuniões entre a administração e a Comissão de Trabalhadores, e que, como tal, serão discutidos no seio dessas reuniões".

 
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