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Enoturismo ganha "bolsa" para empregos no Interior do país
A Associação Portuguesa de Enoturismo criou uma plataforma para atacar a falta de mão-de-obra no setor e resolver o desencontro entre operadores e profissionais em funções que vão desde tratorista a diretor de hotel.
Guia de enoturismo, coordenador de eventos, assistente de loja, rececionista, animador, diretor de hotel, empregado de quartos e de limpeza, responsável de marketing e de comunicação, gestor financeiro, assistente administrativo, chefe de cozinha, "sommelier", enólogo, viticultor, jardineiro ou tratorista. Estas são algumas das posições que fazem parte da recém criada bolsa de emprego para o enoturismo.
Criada pela Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO), esta nova área dedicada ao emprego está alojada no site deste organismo, onde os profissionais qualificados nas várias áreas relacionadas com o setor podem preencher um formulário e enviar um e-mail para concorrer à função pretendida. Essa informação fica arquivada e pode ser consultada a qualquer momento pelas empresas associadas.
"A ideia de criar esta bolsa de emprego surgiu porque ando no terreno e muitas vezes sou questionada se conheço esta ou aquela pessoa para trabalhar em enoturismo. Tenho a noção da falta de mão-de-obra que existe, principalmente no Interior do país. Esta foi a forma que encontrámos de apoiar os nossos associados a descobrir profissionais de forma mais rápida e acessível", explica Maria João de Almeida, presidente da APENO e consultora de vinhos.
Embora não haja dados concretos, a associação fundada em junho de 2020 estima que perto de 60 mil operadores atuem nesta área do enoturismo em Portugal, assegurando cerca de 100 mil postos de trabalhos diretos e indiretos e contribuindo com um volume de negócios superior a 400 milhões de euros