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Produção de cereja deve triplicar este ano

A campanha da cereja começou duas semanas mais tarde mas deve dar um retorno três vezes superior ao observado no ano passado. Já a subida dos preços internacionais deveria ter feito aumentar a produção de milho para grão, mas isso não se verificou.

Edgar Martins/Correio da Manhã
21 de Junho de 2021 às 12:45
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As mais recentes previsões agrícolas para o resto do ano dão conta de uma "campanha da cereja muito positiva", e de um aumento da produtividade do pêssego que retorna aos valores médios dos últimos cinco anos. Já nos cereais, as primeiras previsões foram revistas e são agora de um crescimento contido nas produções de trigo mole, cevada e aveia, enquanto os agricultores parecem desperdiçar uma oportunidade no milho para grão.

Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) que adianta uma campanha da cereja três vezes superior aos valores registados em 2020 – a quarta pior produção dos últimos 30 anos -, alcançando um rendimento unitário acima das 3,7 toneladas por hectare apesar de um atraso de duas semanas no início da campanha, que evidencia uma falta de qualidade das variedades mais precoces do fruto.

Também o pêssego deve alcançar níveis de rendimento superiores aos do ano passado e fixar-se nas 9,8 toneladas por hectare, um valor 15% superior ao observado em 2020. O aumento da produção deve-se às condições meteorológicas favoráveis à cultura que se registaram ao longo do ano e devem fazer a produção alcançar um valor próximo da média dos últimos cinco anos.

Já a cultura do tomate regista igualmente um aumento da produção graças ao crescimento de 20% da área instalada, que será este ano de 16 mil hectares. Este aumento da área cultivada deve contrariar os efeitos das fortes chuvas de abril.

Produção de cereais de inverno sai prejudicada

A grave redução dos teores de humidade do solo não deixou encher os grãos e deverá impactar a produtividade dos cereais de inverno que deve ficar apenas 5% acima dos valores registados no ano passado. Aqui incluem-se trigo mole, cevada e aveia e a manutenção no trigo duro, triticale e centeio.

Seria ainda de esperar que a subidas dos preços praticados no mercado internacional levassem a um maior cultivo do milho para grão. Segundo os dados a que o INE tem acesso, isso não se verifica, mantendo-se a área de cultivo praticamente inalterada face a valores de 2020, o que, refere, estará relacionado também com o aumento da área cultivada do tomate para a indústria, que concorre com este cereal "na definição da ocupação cultural de muitas parcelas".

Já a instalação das colheitas de primavera e verão "decorreu sem registo de incidentes". Com o fim das obras de obras de intervenção no aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado, a produção de arroz deverá voltar a ocupar os 29 mil hectares.

Por esta altura, estima o INE, já devem estar semeados três quartos da área destinada à cultura que em 2020 não puderam ser utilizados, mas as baixas temperaturas registadas durante a noite podem ter atrasado a germinação.

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