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Pescadores concentram apanha da sardinha antes dos Santos Populares

O representante do setor garante que "não vai faltar sardinha" durante as festas de junho. Acordo ibérico fixou os limites máximos de captura, mas as quantidades ainda podem ser revistas em alta.

Pedro Noel da Luz/Correio da Manhã
13 de Maio de 2019 às 09:46
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Os pescadores vão voltar a apanhar sardinha a partir do 3 de junho com o objetivo de concentrar a oferta nos meses de maior procura. A proibição relativa a esta espécie, que vigora desde setembro, vai terminar esta quarta-feira, 15 de maio.

 

"Não vai faltar sardinha nos Santos Populares", assegurou ao CM o presidente da Associação das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP), Humberto Jorge, que na semana passada esteve em Bruxelas a reclamar o aumento da captura autorizada nesta espécie.

 

Para já, a quota nacional para este ano está fixada em 7.182 toneladas, o equivalente a 67% do montante ibérico acordado por Portugal e Espanha junto da Comissão Europeia. Este valor ainda pode ser revisto, mas a apanha adicional seria concentrada a partir de setembro, já depois do pico da procura durante o verão.

 

Durante uma audição no Parlamento, a 17 de abril, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, salientou que Portugal "está no bom sentido para produzir sardinha em cativeiro". A responsável frisou que "já foi desenvolvido o genoma da sardinha por um centro de investigação da Universidade do Porto" e "os estudos que estão a ser levados a cabo pelo centro do IPMA no Algarve também já têm grandes evoluções relativamente a alimentação e crescimento".

 

Os baixos salários, as restrições à captura e a concorrência da náutica de recreio estão a fazer baixar o número de pescadores em Portugal. De acordo com dados divulgados no primeiro trimestre pela Pordata, existem 17.642 pescadores no país, um número que tem vindo a diminuir desde o início deste século em todas as regiões. O destaque vai para o Algarve, que perdeu mais de metade destes profissionais entre 2001 e 2017.

 

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