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Gomes da Silva: "Espero que o eucalipto não tenha acabado"

A floresta era o tema da ida de Francisco Gomes da Silva, secretário de Estado da tutela, ao Parlamento esta quarta-feira, e a discussão não conseguiu evitar o eucaliptal.

Bruno Simão/Negócios
23 de Julho de 2014 às 20:54
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O plano estratégico para a Floresta poderá "conduzir a um aumento de área da generalidade das restantes espécies", mas "essa preocupação não existe com o eucalipto", defendeu esta quarta-feira Francisco Gomes da Silva.

 

Confrontado com a pergunta da deputada Helena Pinto, do Bloco de Esquerda, sobre o facto de, de acordo com o documento apresentado esta quarta-feira no Parlamento – e preparatório da versão final da estratégia para a floresta – o eucaliptal já ter "ultrapassado [em área] a meta de 2030" e se "parou o eucalipto no nosso país", Gomes da Silva respondeu: "Eu espero que o eucalipto não tenha acabado".

 

"Não é uma meta que aí está", frisou o governante. O que o documento aponta "são cenários de um futuro desejado", referindo-se à apreciação do valor dos 800 mil hectares com ocupação de eucalipto.

 

Para o secretário de Estado da tutela, a questão não é a área. É o que se retira dela e em que quantidade. "Não é necessário aumentar as áreas para que se aumente a disponibilidade de matérias-primas" em cada área, dando o montado de sobro e a extracção da cortiça. "Olhar apenas para a área não é relevante – não é uma questão", frisou.

 

Com uma melhoria de 140 milhões de euros em 2013, o saldo da balança comercial dos produtos florestais foi excedentário em 2,5 milhões de euros em, 2013, com a área do "papel e cartão" a exceder o peso, pela primeira vez, da cortiça na conta final.

 

O saldo da categoria "papel e cartão" registou um acréscimo das vendas externas de 69,2 milhões de euros, passando o seu saldo a ser excedentário em 742,6 milhões de euros. Já a cortiça, "tradicionalmente considerado como líder neste indicador", registou um saldo de 700,4 milhões de euros.

 

Na categoria de "pasta de madeiras" o saldo, positivo, foi de 469,6 milhões de euros. E na madeira, embora se tenha verificado um decréscimo de 9,1 milhões de euros, foi atingido "um excedente global de 125,4 milhões de euros".

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