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Cotação do trigo nas bolsas de mercadorias regressa ao pré-invasão da Ucrânia

Devido ao acordo assinado na Turquia entre ucranianos e russos que permite a exportação de cereais da Ucrânia pelo Mar Negro.

Em 2021, o trigo e o milho valorizaram agregadamente pelo quarto ano consecutivo.
Nick Oxford/Reuters
23 de Julho de 2022 às 09:18
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A cotação do trigo caiu fortemente na sexta-feira em Chicago e na Euronext, voltando ao seu nível anterior à invasão russa da Ucrânia, devido ao acordo assinado na Turquia entre ucranianos e russos.

 

Este acordo permite a exportação de cereais da Ucrânia pelo Mar Negro.

 

Em Chicago, o alqueire de trigo, cerca de 27 quilo, para entrega em setembro, recuou 5,86%, para 7,59 dólares, regressando ao seu preço antes da invasão da Ucrânia pela tropa russa, em 24 de fevereiro.

 

O preço do milho, que a Ucrânia também produz, também baixou - 1,99%, para 5,6425 dólares o alqueire para entrega no mesmo mês.

 

A Ucrânia e a Federação Russa acabaram por assinar em Istambul, com a Turquia e a Organização das Nações Unidas, um acordo, ao fim de negociações difíceis, que vai estabelecer 'corredores seguros' onde podem circular navios mercantes no Mar Negro.

 

Espera-se que este acordo alivie os países dependentes dos fornecimentos ucraniano e russo, que representam 30% do comércio mundial de trigo.

 

Contudo, Gautier Le Molgat, analista na Agritel, expressou as suas dúvidas quanto à concretização destes corredores marítimos.

 

Também outro analista, Michael Zuzolo, presidente da sociedade de corretagem e análises Global Commodity Analytics and Consulting, continuava "cético" -- "não penso ser o único a duvidar que isto (o acordo) desloque muito grão, dado o que temos vivido nos últimos dois meses, em relação ao movimento dos cereais por ferrovia, fora das zonas ucranianas, através das zonas russas, depois por barco, através do Mar Azov, depois pelo Mar Negro, para a Turquia e a África do Norte".

 

O analista questionou-se se a cotação do milho, mas também a do trigo, iria continuar a descer, perante a fraqueza do dólar e a seca que afetam as produções em França, Roménia e Espanha.

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