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Capoulas Santos: Portugal deixou "agricultura medieval" e modernizou-se graças à PAC

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, disse esta sexta-feira que Portugal passou de "uma agricultura medieval" para um sector que "compete com as superpotências agrícolas" graças à integração europeia e à Política Agrícola Comum (PAC).

Miguel Baltazar
09 de Dezembro de 2016 às 19:08
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"A nossa história de integração", na então Comunidade Económica Europeia (CEE) e hoje União Europeia, "é de grande sucesso", realçou aos jornalistas, em Évora, o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Florestas.

 

Segundo Capoulas Santos, Portugal passou de "uma agricultura medieval para uma agricultura que hoje compete, e compete bem, com as superpotências agrícolas". "Foi um enorme esforço de ajustamento estrutural que fizemos, teve custos, naturalmente, mas o saldo é globalmente muito positivo", argumentou.

 

O ministro da Agricultura falava aos jornalistas à margem da sessão de abertura do debate "Agricultura: 30 anos de Desafios e de Sucessos", que decorreu hoje em Évora.

 

Este foi o último encontro de um ciclo de 10 debates, para assinalar os 30 anos de integração de Portugal na União Europeia, organizado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Secretaria de Estado dos Assuntos Europeus, em colaboração com o Ministério da Agricultura.

 

Capoulas Santos referiu que a PAC "é a mais comunitária de todas as políticas" da União Europeia (UE), porque quando foi criada, na Europa do pós-guerra, "um dos problemas fundamentais era dar resposta à penúria alimentar", depois de o aparelho produtivo, "em particular o agrícola", ter ficado destruído. "Foi instituída uma política agrícola comum com o objectivo de resolver o problema alimentar da Europa" e, ao fim de "pouco anos", esta mesma política "revelou-se de grande sucesso".

 

Nos 30 anos de integração europeia de Portugal, afiançou o ministro, o caso da agricultura é "uma aposta muito bem-sucedida", apesar dos "grandes desafios para o futuro". "Agora, estamos numa Europa" que "evidencia alguns sinais de desagregação" e que vive "as indefinições do Brexit", o qual "não pode deixar de ter consequências", pois o Reino Unido "era um contribuinte líquido" para o orçamento comunitário, disse.

 

Depois de, no início, a PAC ter chegado a representar 80% do orçamento comunitário, hoje esta mesma política ainda tem peso elevado, porque representa 40%, ou seja, "quase metade do orçamento" da União Europeia.

 

"O modelo da PAC que teremos depois de 2020 e o orçamento que lhe está associado são os grandes desafios" futuros, numa Europa que, com os alargamentos sucessivos, "para o mesmo pequeno grupo de contribuintes, tem cada vez mais beneficiários", alertou.

 

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Margarida Marques, também realçou que "a PAC foi uma política determinante no processo de criação da CEE" e que, apesar de hoje ter um peso menor no orçamento da UE, "não é mais reduzida a importância" desta política comum.

 

O ciclo "União Europeia - 30 anos, 10 debates" visou avaliar o que mudou no país nos últimos 30 anos e reflectir sobre o impacto que as políticas europeias têm tido na vida dos portugueses.

 

Além da agricultura, foram discutidos nos debates anteriores os temas da liberdade de circulação e segurança, a ciência urbana, as políticas de igualdade, a autonomia, águas e resíduos, política marítima, educação, turismo e globalização. 

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