Notícia
Agricultor espanhol teve de doar 100 mil kg de melancias e arrisca ter de fazer o mesmo com pepinos
Sem espaço nas prateleiras do mercado espanhol para as suas frutas e vegetais, agricultor denuncia que as cadeias de supermercados preferem trazer produtos de fora de Espanha, designadamente de Marrocos, a um menor custo. No entanto, aos preços a que são vendidos, são cada vez mais bens de "luxo".
Um agricultor de Granada que teve de doar 100 mil quilos de melancias para não apodrecerem porque ninguém as quis comprar veio dizer agora que arrisca ter de fazer o mesmo com os seus pepinos, denunciando que as cadeias de supermercados preferem trazê-los de fora de Espanha, designadamente de Marrocos, a um menor custo.
Manuel Puertas protagonizou uma série de vídeos que se tornaram virais nas redes sociais a dar conta do destino das melancias que plantou, que foram fruto de um investimento na ordem dos 30 mil euros e de muitas horas de trabalho, de acordo com as entrevistas que concedeu à imprensa espanhola, citadas designadamente pelo El Mundo e pelo La Vanguardia.
Perante a impossibilidade de colocar as melancias que produziu nas prateleiras no mercado espanhol, dominado pelas de origem marroquina, e para não as desperdiçar, o agricultor optou então por as oferecer, com muita gente a acudir à exploração para levar quilos da fruta carregados em camiões, pela qual deram 100 ou 200 euros em troca.
Esta quarta-feira, Manuel Puertas voltou a denunciar a mesma situação, desta feita com pepinos. "O problema é que ninguém os quer e vão-se estragar. Dizem-me que nos próximos cinco dias o pepino não tem mercado, pelo que vamos acabar a cortar os que já estão bons e a deitá-los fora", lamentou, em declarações à rádio Agro Difusión, citadas pelo El Mundo.
"Senhor [ministro da Agricultura, Luis] Planas, onde está a lei que diz que não podemos vender abaixo do custo de produção?", atirou, de forma retórica.
Questionado sobre o valor a que se vendem e sobre o preço que oferecem, dado que no supermercado mais próximo custam 2,40 euros o quilo, segundo o El Mundo, Puertas respondeu "entre 10 e 11 cêntimos o quilo".
"Quem é que tira essas margens e por que razão estão tão caros?", indagou o locutor na mesma entrevista. "Não sei", replicou o agricultor, antes de concluir que, "com esses preços, a fruta e os vegetais vão ser artigos de cinco estrelas". "Comê-los vai ser um luxo", rematou.
Manuel Puertas protagonizou uma série de vídeos que se tornaram virais nas redes sociais a dar conta do destino das melancias que plantou, que foram fruto de um investimento na ordem dos 30 mil euros e de muitas horas de trabalho, de acordo com as entrevistas que concedeu à imprensa espanhola, citadas designadamente pelo El Mundo e pelo La Vanguardia.
Esta quarta-feira, Manuel Puertas voltou a denunciar a mesma situação, desta feita com pepinos. "O problema é que ninguém os quer e vão-se estragar. Dizem-me que nos próximos cinco dias o pepino não tem mercado, pelo que vamos acabar a cortar os que já estão bons e a deitá-los fora", lamentou, em declarações à rádio Agro Difusión, citadas pelo El Mundo.
"Senhor [ministro da Agricultura, Luis] Planas, onde está a lei que diz que não podemos vender abaixo do custo de produção?", atirou, de forma retórica.
Questionado sobre o valor a que se vendem e sobre o preço que oferecem, dado que no supermercado mais próximo custam 2,40 euros o quilo, segundo o El Mundo, Puertas respondeu "entre 10 e 11 cêntimos o quilo".
"Quem é que tira essas margens e por que razão estão tão caros?", indagou o locutor na mesma entrevista. "Não sei", replicou o agricultor, antes de concluir que, "com esses preços, a fruta e os vegetais vão ser artigos de cinco estrelas". "Comê-los vai ser um luxo", rematou.