Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Acordo com Mercosul abre a porta ao agronegócio nacional

Conselho da Diáspora Portuguesa promove o primeiro EuroAmericas Forum. A iniciativa ganha importância acrescida após a União Europeia e os países do Mercosul terem selado um acordo comercial após 20 anos de negociações.

D.R,
15 de Dezembro de 2024 às 20:00
  • ...

O acordo comercial entre a União Europeia e os países do Merscoul representa, a nível do agronegócio, "uma oportunidade considerável para o desenvolvimento das empresas nacionais, seja na exportação de produtos e serviços, ou de conhecimento", afirma António Calçada de Sá, presidente do Conselho de Diáspora Portuguesa (CDP).

Esta organização promove, entre 17 e 18 dezembro, o EuroAmericas Forum 2024, uma plataforma de contacto internacional que visa estimular a colaboração pública e privada entre a Europa e o continente americano. O evento irá decorrer na Nova Business School, em Cascais, e contará, entre outros, com as presenças do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. e do "chairman" desta iniciativa, José Manuel Durão Barroso,

Este EuroAmericas Forum, o primeiro organizado pela CDP ganha importância acrescida após a União Europeia e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) terem assinado um acordo que constitui a base para um entendimento comercial entre estes dois blocos, colocando assim um ponto final a duas décadas de negociações.

Para António Calçada de Sá "é um mercado importantíssimo que se abre à Europa", levando em consideração que existem atualmente existem cerca de 30 mil empresas europeias e operar em países do Mercosul. "Com a inibição de direitos aduaneiros previstos no acordo, a expectativa é que as exportações europeias de bens e serviços venham a aumentar de forma expressiva, e progressiva, nos próximos anos, sublinha o líder do Conselho da Diáspora Portuguesa.

O gestor aponta, em concreto, as vantagens que este acordo poderá ter para a afirmação das empresas portuguesas  no mercado brasileiro "cujo nível de protecionismo decrescerá significativamente com a entrada em vigor deste acordo". Nesta medida, sublinha, "representa um potencial óbvio para Portugal, com quem partilhamos a língua e laços profundos. Este acordo, para Portugal, é uma boa notícia e ficamos satisfeitos por mais liberdade no comércio internacional".

O acordo abre as porta para as empresas europeias a um mercado de 280 milhões de consumidores, mas no entendimento de António Calçada de Sá irá refletir-se igualmente, nos planos político e social. "O sinal positivo de abertura económica e comercial dado pelos quatro países que integram o Mercosul permite também antever um alinhamento crescente desses países por aspetos centrais da agenda europeia, ao nível do Estado de Direito, Democracia, Direitos Humanos, por exemplo, ou até ao nível mais amplo da sustentabilidade.

Conselheiros ajudam a criar oportunidades

Questionado sobre a forma como as empresas portuguesas podem aproveitar este novo enquadramento, António Calçada de Sá  defende que "o essencial das oportunidades reside nos locais onde o Conselho da Diáspora está representado através da sua rede de conselheiros, que identifica como os "pontas de lança de Portugal no campeonato do investimento".

"Pelos cargos de relevo que ocupam, pelas posições empresariais ou de liderança que desempenham, são eles que podem melhor puxar pela geração de oportunidades. Atualmente a presença dos Conselheiros da Diáspora Portuguesa é mais relevante nos mercados norte-americano, incluindo Canadá e México, no Brasil e também na Colômbia. Diria que este será o 'core' de atuação, mas a dimensão do mercado e o crescimento da rede de conselheiros seguramente que irá permitir identificar e desenvolver novas oportunidades nos mais variados setores", argumenta o presidente do CDP.

Durante os dois dias do EuroAmericas Forum, a aposta irá passar por "promover a partilha e criar oportunidades para que os ‘players’ de diversos setores se conheçam e debatam ideias e propostas que, encontrando interesses comuns, promovam o desenvolvimento e crescimento das duas geografias", frisa António Calçada de Sá. E esse interesse existe , enfatiza o gestor, como o "conforme comprova a expectativa de participações no fórum que conta com 70% de inscritos da Europa, 20% do continente americano e 10% de África".

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio