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Governo confirma subida da idade da reforma e do corte das pensões antecipadas
O fator de sustentabilidade aplicável às pensões atribuídas no próximo ano vai subir para 16,93% e a idade da reforma vai aumentar para 66 anos e nove meses em 2026, confirma o Governo.
O fator de sustentabilidade aplicável às pensões antecipadas atribuídas no próximo ano vai subir para 16,93% e a idade da reforma vai aumentar para 66 anos e nove meses em 2026, confirma o Governo.
Com base no valor mais recente da esperança de vida aos 65 anos, de 20,02 anos, "o fator de sustentabilidade a aplicar ao montante estatutária das pensões de velhice do regime da Segurança Social (...) é de 0,8370 o que significa que as pensões iniciadas em 2025, sujeitas a penalização por via da aplicação do fator de sustentabilidade, sofrerão uma redução de 16,93%", responde fonte oficial do Ministério da Segurança Social (MTSSS).
"A idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social, em 2026, passa a ser aos 66 anos e 9 meses", acrescenta a mesma fonte, confirmando assim os cálculos publicados esta manhã pelo Negócios com base na informação divulgada pelo INE.
Este ano, o corte do fator de sustentabilidade é de 15,8% e a idade da reforma de 66 anos e 4 meses. No próximo ano, como já se sabia, a idade da reforma vai subir para 66 anos e 7 meses.
Na resposta, o Governo começa por referir que o valor provisório da esperança de vida aos 65 anos "aumentou 5,16 anos" face ao início dos anos oitenta (1980-1982) e aumentou "onze meses na última década".
Já o "maior decréscimo" na esperança média de vida "foi o que se verificou no triénio 2019-2021, de quase três meses, devido à pandemia de Covid-19".
Esse decréscimo explicou o recuo anto do fator de sustentabilidade (em 2022 e 2023) como da idade da reforma (em 2023 e 2024).
Em sentido contrário atuaram os novos dados apurados pelo Censos. Há dois anos, os Censos ditaram uma revisão em alta da esperança média de vida, apenas nos dados definitivos de maio, mas o Governo de António Costa optou por não refletir os dados de imediato. Isto ajuda a explicar as subidas mais pronunciadas nos dois anos seguintes, que já se antecipavam.
Notícia atualizada às 17:18 com mais informação