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Estado gastou 992 milhões de euros com novos apoios a famílias e empresas

O balanço foi feito pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, que explicou que os diferentes apoios chegaram a 1.3 milhões de pessoas.

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O Governo contava gastar cerca de mil milhões de euros por mês apenas com o lay-off simplificado, mas de acordo com os dados avançados esta quarta-feira no Parlamento pela ministra do Trabalho, gastou até ao momento 992 milhões de euros com as diferentes medidas, em vários meses.

Em causa está não só o lay-off simplificado mas também o apoio às famílias por causa do encerramento das escolas, o apoio aos independentes, aos sócios-gerentes, as baixas por isolamento, por doença, ou os primeiros apoios aos trabalhadores informais.

"Temos 992 milhões de euros pagos" a 1,3 milhões de pessoas e 149 mil empresas, disse a ministra, voltando a sublinhar que o lay-off simplificado travou destruição de postos de trabalho.

Houve 877 mil pessoas abrangidas pelo lay-off simplificado, ou seja,"25% da população ativa no privado" o que "teve uma capacidade de reter e manter postos de trabalho nesta fase".

"Temos estado a acompanhar com atenção os números do desemprego. Temos em junho alguma desaceleração do crescimento do desemprego, mas claramente é uma das preocupações que temos em cima da mesa", disse a ministra.

Oposição questiona "desaceleração do desemprego"

"Quando se refere à desaceleração do crescimento do desemprego acredita mesmo nisso?" questionou a deputada do PSD Carla Barros, referindo que basta sair à rua para encontrar cafés e outros negócios fechados.

"O Governo tem de conseguir explicar porque é que a taxa de desemprego está a decrescer", acrescentou, sublinhando que muitos desempregados passaram para inativos por não procurarem trabalho.

"Aquilo que partilhei com os senhores deputados são os dados públicos e são os números resultantes dos métodos que conhece. Saberá olhar para os números e percebê-los", respondeu a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

Apesar da pressão que tem sido feita pelas associações patronais, que avisam que as empresas já estão a preparar despedimentos coletivos para depois do lay-off simplificado, a ministra confirmou de forma genérica que a partir de agosto as regras serão outras, com um "novo instrumento" de "recuperação de rendimento dos trabalhadores" que "ajude as empresas numa fase diferente".

Notícia corrigida às 12:47 para explicar que segundo os dados do Governo, que foram corrigidos, há 149 mil empresas abrangidas por todas as medidas, e não 108 mil, número que se referirá apenas ao lay-off simplificado.

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