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São João instala unidade em contentores para responder ao Covid-19
O Hospital de São João, no Porto, vai aumentar a capacidade instalada para corresponder ao acréscimo de afluência e solicitações decorrentes da pandemia do coronavírus, sabe o Negócios. Estão a ser instalados contentores no exterior do São João mas só estarão prontos dentro de algum tempo.
A perspetiva de que vai aumentar o ritmo do surgimento de novos casos por infeção do novo coronavírus levou a administração do Hospital de São João, no Porto, a decidir aumentar a capacidade de resposta através da instalação de contentores no exterior do edifício para responder à pandemia do Covid-19, sabe o Negócios.
Ao que foi possível apurar, a perspetiva da administração é de que a instalação dos referidos contentores, apesar de já estar em curso, não será concluída no imediato e que deverão ser necessários alguns dias até que estejam operacionais. A Lusa adianta que são mais de uma dezena de contentores.
O Negócios contactou a assessoria de comunicação do São João, que preferiu não abordar o caso e que não quis confirmar nem desmentir a informação. Não foi também possível esclarecer qual a finalidade exata dos contentores, se servirão para internar doentes infetados pelo coranavírus ou para outro tipo de condição clínica.
Estes contentores vão juntar-se às tendas já instaladas no exterior do São João e também no Santa Maria, em Lisboa. Estas tendas amarelas estão a funcionar como hospitais de campanha e servem para fazer realizar avaliações iniciais e tomar decisões clínicas.
O São João é um dos hospitais em condições de receber doentes infetados pelo Covid-19, tal como o Santo António (Porto), o Santa Maria, o Curry Cabral e o Dona Estefânia, todos em Lisboa, e ainda o Pedro Hispano (Matosinhos) e os hospitais de Faro, Guarda, Braga e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Segundo os dados mais recentes da Direção Geral de Saúde (DGS), até à meia-noite de ontem estavam registadas 59 pessoas (57 das quais internadas) infetadas com coronavírus, mais de 3 mil contactos em vigilância e 83 pessoas ainda aguardavam os resultados das análises feitas.