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Rui Rio garante que PSD está disponível para fazer um pacto na Saúde

O presidente do PSD, Rui Rio, garantiu esta quinta-feira, 7 de Junho,que está disponível para fazer um pacto na Saúde.

Paulo Cunha/Lusa
07 de Junho de 2018 às 13:41
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"Estamos disponíveis para com os agentes do sistema e os outros partidos dar os passos necessários para fazermos a reforma mais adequada do sistema de saúde", afirmou o líder social-democrata no encerramento da sua intervenção na Convenção Nacional da Saúde, que está a decorrer na Culturgest, em Lisboa.

Rui Rio defendeu que o país precisa de "políticos mais virados para o interesse nacional do que para si próprios", de partidos "com mais sentido de Estado e mais respeito pelo interesse público" e por isso o PSD "está aberto às reformas estruturais que sabemos que só com os outros é possível fazer, e a do Serviço Nacional de Saúde é uma delas".

Depois de fazer um diagnóstico muito negativo da actual situação do SNS, Rui Rio defendeu que a reforma do sector terá de assentar na "defesa do SNS mas em convivência com o sector privado e social".

"Ter o Estado como principal garante da acessibilidade aos cuidados de saúde, mas com a possibilidade de contratualização com os outros sectores, para que os cidadãos possam poder escolher", afirmou o presidente do PSD, defendendo "uma maior fiscalização" de todos os sectores, incluindo as Parcerias Público-Privadas, que devem "continuar".

 

"Temos de ser muito selectivos nos dinheiros públicos disponíveis", acrescentou.

 

Metas para uma legislatura

Minutos antes, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que as metas de uma futura reforma da Saúde devem "ultrapassar o período de um governo, de uma legislatura, de um mandato presidencial."

Depois de lembrar que a partir de Setembro o país "vai avançar com um reflexão profunda" sobre a nova Lei Bases da Saúde, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o debate exige "um denominador comum entre partidos e parceiros", "não esquecendo o que os divide, mas procurando sempre pontes de diálogo".

Além de salientar a necessidade de o debate ser feito com "um maior realismo tendo em conta  os recursos disponíveis", o Presidente alertou para as potenciais clivagens que poderão vir a acontecer durante o debate que se irá prolongar por 2019, nomeadamente a aposta mais ambiciosa no sector da saúde "mas com eventual sacrifício de outras áreas sociais";  ter uma visão de médio e longo prazo, em detrimento de uma visão mais de curto prazo, e a conjugação do papel do sector público com o sector privado e social. 

"Não é fácil a escolha destas clivagens", reconheceu Marcelo, que apelou a todos os agentes do sector presentes na convenção a "pensar com serenidade" e "a estimular  abertura de portas". "É muito importante não deixar deslaçar o relacionamento entre instituições e as pessoas e tornar viável o debate sobre a saúde".

A pouco mais de um ano das eleições e "em tempos de confrontos públicos, é importante fazer um ponto desdramatizado da situação", nunca esquecendo "que o princípio e o fim, o alfa e o omega do SNS tem nomes e tem rostos, biografias e dramas". "São as pessoas. Não apenas os doentes, mas as pessoas todas", afirmou.


(Notícia actualizada às 14:14 com mais informação)

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