Notícia
Portugal é o segundo país da Zona Euro onde mais pessoas dizem sentir-se doentes
Quão saudáveis se sentem os europeus? A pergunta foi lançada pelo Eurostat. Em Portugal, as respostas melhoraram quando a troika saiu do país.
Segundo o organismo de estatísticas de Bruxelas, mais de dois terços da população da União Europeia com 16 ou mais anos sentiam o seu estado de saúde como sendo bom, ou muito bom. A Irlanda destaca-se de longe como o país onde o sentimento de boa saúde era mais acentuado.
Se procurar Portugal, vai encontrá-lo no fim da lista: é o terceiro país onde as respostas de uma saúde boa, ou muito boa, foram mais baixas: apenas 47,7% responderam assim, menos de metade dos inquiridos.
Pelo contrário, no ranking das avaliações mais negativas, Portugal aparece em segundo lugar, com 15,9% da população residente a avaliar o seu estado de saúde como mau, ou muito mau. O resto sentia-se com uma saúde média.
Mas os dados do Eurostat dão mais informação. A pesquisa do organismo de estatística tem números desde 2008, o que permite ver como é que a percepção de saúde foi evoluindo. Analisando os dados, verifica-se uma degradação da percepção do estado de saúde durante os anos de aplicação do programa da troika, que durou entre 2011 e 2014. Nesse período, as avaliações de um bom, ou muito bom estado de saúde perderam terreno, acentuando-se a avaliação do estado de saúde como sendo médio.
Outro dado interessante sobre Portugal, é que está entre os países onde a percepção de saúde mais difere entre mulheres e homens. Enquanto a maioria (52,6%) dos homens respondeu, em 2016, que se sentia de boa, ou muito boa saúde, entre as mulheres menos de metade (43,3%) disse sentir-se nessa condição.